Missão prioritária foi a de garantir a proteção de civis, através da dissuasão e restrição de movimentos de elementos do 3R.
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Os militares portugueses em missão da Organização das Nações Unidas na República Centro-Africana (MINUSCA, na sigla em inglês) regressaram à capital do país, Bangui, depois de uma "complexa operação" em Bocaranga para proteger a população local.
"Após um mês de uma complexa operação em Bocaranga, a cerca de 500 quilómetros de Bangui, os militares do Exército e da Força Aérea da 5.ª Força Nacional Destacada na República Centro-Africana (RCA), maioritariamente composta por Comandos, estão de regresso à base na capital", refere o Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA), numa mensagem divulgada na rede social Facebook.
O EMGFA elogia a "valentia e mestria" dos militares portugueses na missão ao serviço das Nações Unidas.
"A Força de Reação Rápida portuguesa foi chamada a intervir para proteger as localidades de Letele, Boukaya e Bohong da opressão de elementos afetos a grupos armados, na sequência do massacre de mais de 50 pessoas, no passado mês de maio", acrescenta a mensagem.
Segundo o EMGFA, a presença dos militares portugueses na região foi importante para as negociações entre as partes.
"A presença dos militares portugueses na região, em nome da manutenção da paz, trouxe segurança às populações locais e potenciou a negociação entre uma delegação da União Africana, o Governo da República Centro-Africana, representantes da missão das Nações Unidas e a liderança do grupo armado, na procura de uma solução ao abrigo do acordo de paz de Cartum, firmado no início deste ano", conclui.
Os militares portugueses em missão na RCA foram enviados para a região de Bocaranga, onde mais de 50 pessoas foram mortas por elementos afetos ao grupo 3R (Regresso, Reclamação, Reconciliação), no final de maio.
A missão prioritária foi a de garantir a proteção de civis, através da dissuasão e restrição de movimentos de elementos do 3R.
Durante a presença na região, um militar português sofreu ferimentos graves, na sequência de um acidente de viação, que obrigaram à amputação dos membros inferiores.
A RCA caiu no caos e na violência em 2013, depois do derrube do ex-Presidente François Bozizé por grupos armados juntos na Séléka, o que suscitou a oposição de outras milícias, agrupadas sob a designação anti-Balaka.
O Governo centro-africano controla cerca de um quinto do território. O resto é dividido por mais de 15 milícias que procuram obter dinheiro através de raptos, extorsão, bloqueio de vias de comunicação, recursos minerais (diamantes e ouro, entre outros), roubo de gado e abate de elefantes para venda de marfim.
O acordo de paz foi assinado em Cartum, capital do Sudão, no início de fevereiro pelo Governo da RCA e por 14 grupos armados. Um mês mais tarde, as partes entenderam-se sobre um governo inclusivo, no âmbito do processo de paz.
Portugal está presente na RCA desde o início de 2017, no quadro da MINUSCA, cujo 2.º comandante é o major-general Marcos Serronha, onde agora tem a 5.ª Força Nacional Destacada (FND) e lidera a Missão Europeia de Treino Militar-República Centro-Africana (EUMT-RCA), que é comandada pelo brigadeiro-general Hermínio Teodoro Maio.
A 5.ª FND, que tem a função de Força de Reação Rápida, integra 180 militares do Exército, na sua maioria elementos dos Comandos (22 oficiais, 44 sargentos e 114 praças, das quais nove são mulheres), e três da Força Aérea.
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