As três vítimas foram atacadas recentemente por cães vadios nas estradas de Machaze, tendo a população, em comício popular com a governadora provincial, acusado de negligência as autoridades de pecuária, que têm a tarefa de vacinar os caninos, avança a agência Lusa.
"Nós ficámos preocupados quando foram levantados os casos de óbitos por ataque de cães. Mas não podemos dizer que se trata de raiva sem resultados laboratoriais, apesar de as vítimas terem mostrado sintomas da doença", disse à agência Lusa Félix Paulo, chefe dos serviços provinciais de pecuária.
Para responder aos ataques dos cães, os serviços provinciais de pecuária enviaram uma brigada técnica para Machaze para efetuar uma campanha de vacinação porta-a-porta. Outras brigadas seguiram para os distritos problemáticos da raiva.
Com uma população canina de cerca de 700 mil animais, a província de Manica tem registado mensalmente perto de 50 casos de mordeduras de cães (com dois a três óbitos por raiva anuais), principalmente nas cidades de Chimoio e Manica e nos distritos de Machaze (sul), Sussundenga e Gondola (centro). Mais da metade dos cães são vadios.
Mensalmente, Moçambique regista mais de 400 casos de mordeduras de cães com até três óbitos, segundo dados dos boletins epidemiológicos do Ministério de Saúde (MISAU).