Filipe Nyusi, reconheceu em 2023 que quase 40% da população moçambicana, dos 30 milhões de habitantes, é analfabeta, a maioria mulheres.
As autoridades moçambicanas contrataram nos primeiros três meses do ano 8.419 alfabetizadores, da meta de quase 11 mil que pretendem recrutar em 2024, segundo relatório do Governo a que a Lusa teve esta quinta-feiraacesso.
De acordo com o documento da execução de janeiro a março, do Ministério da Economia e Finanças, com esses alfabetizadores foi possível "apoiar 210.475 alfabetizandos" em todo o país, correspondente a uma realização de 77,6% da meta de 2024.
A maior parte dos alfabetizadores foi mobilizada para as províncias de Nampula (2.817), Zambézia (1.727), Cabo Delgado (939) e Tete (802).
Nos primeiros três meses de 2024, que corresponde ao arranque do ano letivo em Moçambique, foram ainda contratados 1.982 professores do ensino primário, "beneficiando 130.000 alunos", e 629 professores do ensino secundário, neste caso chegando 34.595 estudantes.
O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, reconheceu em 2023 que quase 40% da população moçambicana, dos 30 milhões de habitantes, é analfabeta, a maioria mulheres.
"Nota-se que atualmente a taxa de analfabetismo entre as mulheres é de 49,4% e 27,2% nos homens, é preciso refletirmos porque é que isso está a acontecer", disse Filipe Nyusi, precisando que uma taxa de analfabetismo global no país é de 39%.
Segundo o chefe de Estado moçambicano, as províncias de Niassa, Cabo Delgado e Nampula, no norte do país, e as províncias de Tete e Zambézia, no centro de Moçambique, são as que apresentam os maiores índices de analfabetismo.
Filipe Nyusi referiu ainda que o problema atinge 50,8% da população rural e 18% da população urbana, sugerindo que os governantes das províncias mencionadas identifiquem e corrijam as deficiências na educação que estejam a contribuir para as baixas taxas de alfabetização.
O Presidente moçambicano manifestou ainda preocupação sobre os atrasos na conclusão dos níveis académicos, fazendo menção às estatísticas que revelam que uma criança leva em média o dobro de anos para concluir o ensino primário e que a taxa média de graduados em Moçambique está abaixo de 30%.
"Estes atrasos na conclusão dos níveis aumentam os custos para as famílias, para a sociedade e também comprometem o rácio aluno/professor", vincou.
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