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Modelo sequestrada foi às compras com os raptores

Jovem de 20 anos ia ser vendida como escrava sexual mas foi libertada por ser mãe.

08 de agosto de 2017 às 09:34

O caso chocou o mundo e tem dado muito que falar: Chloe Ayling, uma modelo inglesa de 20 anos, foi aliciada com uma sessão fotográfica em Milão mas acabou raptada por um grupo que a queria vender como escrava sexual. Depois de ser libertada e de ter denunciado o caso, mais pormenores sobre o cativeiro de Chloe foram revelados. As autoridades italianas estarão a estudar a hipótese do rapto ter sido combinado com a jovem

A modelo foi injetada com quetamina, um tranquilizante para cavalos, e fechada dentro de uma mala de viagem. Depois esteve seis dias algemada à mobília da casa dos raptores. De acordo com os meios de comunicação italianos e ingleses, Lukasz Herba, o homem polaco que estará por trás do rapto, libertou Chloe depois de descobrir que esta era uma jovem mãe, levando-a ao consulado inglês em Milão, a 15 de julho.

Herba, de 30 anos, ameaçou o agente da modelo, depois de o ter contactado para marcar um trabalho para Chloe no mundo da moda. Foi quando o pesadelo começou. "Uma pessoa com luvas pretas atacou-me por trás e tapou-me a boca para eu não grita. Uma segunda pessoa com uma máscara preta deu-me uma injeção no braço direito e depois apaguei", contou a jovem às autoridades. A jovem esteve sequestrada numa quinta em Borgial, perto de Turim. Dormia no chão mas a investigação já apurou que Chloe não foi abusada sexualmente.

Modelo descreveu "relação de confiança" com raptor

Durante o rapto a jovem perdeu um sapato. Querendo que a modelo estivesse nas melhores condições para quando fosse entregue ao comprador como escrava sexual, os raptores levaram a jovem às compras para que esta comprasse sapatos. Segundo o La Reppublica, quando foi questionada sobre este passeio Chloe chorou compulsivamente. Acabou por revelar que o raptor dormia no mesmo quarto que ela. 

"Partilhávamos a cama e ele oferecia-me coisas. Nunca me violou nem pediu favores sexuais. Mas ameaçava-me de morte assim que lhe pedia para sair dali. De início só bebia de garrafas de água seladas, porque tinha medo de ser envenenada. Mas ele era o meu guarda. Acabei por desenvolver uma relação de confiança com ele", contou Chloe às autoridades italianas.

A jovem ainda está a ser ouvida pelas autoridades sobre o chamado gang de tráfico humano Black Death (‘Morte Negra’). "Passei por uma experiência aterrorizadora. Temi pela minha vida segundo a segundo, minuto a minuto, hora a hora", disse Chloe depois de ter sido libertada pelos raptores.

Ainda, há algumas inconsistências investigadas pela polícia. Paolo Storati, investigador no caso, descreveu o raptor, Herba, como "uma pessoa afetada pela mitomania, a tendência patológica para exagerar ou mentir".

Também surgiram relatos de que Herba tentou vender a história aos jornais britânicos quando ainda tinha Chloe sequestrada.

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