Uma mulher do estado norte-americano do Connecticut processou a Meta, empresa que detém o Facebook, e o Snapchat por terem, alegadamente, sido a causa que levou ao suicídio da filha, de 11 anos, em julho do ano passado, segundo a ABC News.
Tammy Rodriguez alega que existe "negligência e características perigosas" associadas ao Instagram e ao Snapchat, que terão provocado "danos mentais graves" à filha.
"Estamos a processá-los por conceberem um algoritmo que vicia as crianças", disse Matthew Bergman, advogado de Tammy, que é também o fundador do Social Media Victims Law Center, que ajuda em casos de vítimas relacionadas com as redes sociais.
Ainda de acordo com documentos do tribunal, a jovem de 11 anos lutou durante mais de dois anos contra o vício do uso destas redes sociais. Chegou a ser hospitalizada para cuidados psiquiátricos de emergência devido à baixa auto-estima e ao agravamento da depressão de que sofria.
Tammy disse ainda à ABC News que a filha ficava violenta quando tentavam retirar-lhe o telemóvel. Num desses casos, Selena chegou a partir o nariz à irmã mais velha. "Começámos definitivamente a reparar que ela deixou de interagir connosco, queria estar sempre ao telefone", explicou Destiny, irmã de Selena.
Na queixa legal apresentada pela mãe da jovem, pode ler-se ainda que Selena era procurada por homens adultos do sexo masculino para a criação de conteúdos sexuais.
Tanto a Meta como o Snapchat já se manifestaram em relação às acusações, lamentando a morte da jovem de 11 anos.