O fundo Barts Health do Sistema Nacional de Saúde do Reino Unido, que gere o hospital onde Archie está internado, tinha já explicado esta quinta-feira que os médicos defendem que "há riscos consideráveis" com a transferência da criança. "Na condição instável que está, a transferência de ambulância para um ambiente completamente diferente pode acelerar a deterioração prematura que a família quer evitar, mesmo com equipamento e staff dedicado durante toda a viagem", explicam os responsáveis. O hospital acrescenta que o Tribunal decretou que Archie deve permanecer no hospital quando os tratamentos lhe forem retirados e as máquinas deligadas.
A mãe de Archie disse anteriormente que temia o pior: que o filho não tenha direito a oxigénio paliativo quando as máquinas de suporte de vida forem desligadas, como aconteceu em 2018, no caso de Alfie Evans. Nessa altura, a família do menor fez-lhe respiração boca a boca. A mãe de Archie assume estar disposta ao mesmo, numa altura em que um grupo religioso que representa a família já formalizou o pedido para que o oxigénio não seja retirado à criança.
"Se for negado oxigénio ao Archie quando as máquinas forem desligadas eu mesma vou continuar a dar-lhe oxigénio. Rezo para que os tribunais decidam o que está certo. Se recusarem dar-nos permissão para o levarmos para a clínica e não lhe derem oxigénio paliativo, isso é desumano", chorava esta quinta-feira Hollie Dance, que se diz destroçada. "Eu só peço que analisem bem os nosso pedidos, nós só precisamos de um pouco mais de tempo", disse a mãe de Archie em entrevista ao Mirror.