Durante a manhã foram registados 85.000 manifestantes em todo o país, excluindo Paris.
Em França, o terceiro dia de protestos contra os cortes orçamentais deverá atrair menos participantes do que as ações ocorridas em meados de setembro, com as autoridades a estimarem uma quebra de 30% na adesão.
Segundo fonte policial citada pelo canal francês BFMTV, a participação total nos 250 cortejos previstos no país deverá rondar entre os 300.000 e 350.000, contra os 505.000 manifestantes registados em 18 de setembro.
Trata-se do terceiro dia de mobilização intersindical desde a nomeação do primeiro-ministro Sébastien Lecornu, no passado dia 9 de setembro, com o intuito de tentar influenciar as decisões orçamentais do novo Governo.
Durante a manhã foram registados 85.000 manifestantes em todo o país, excluindo Paris, cujo cortejo arrancou pelas 14h00 horas (13h00 de Lisboa).
A manifestação na capital francesa, que até ao momento ocorre de forma pacífica e sem incidentes, deve juntar entre 20.000 e 40.000 pessoas, contra as 60.000 contabilizadas na manifestação anterior, segundo as autoridades francesas.
"Veremos ao final do dia qual é o balanço da mobilização, mas haverá novamente várias centenas de milhares de pessoas nas ruas para protestar, mesmo sem conhecermos o conteúdo do orçamento. Estas são mobilizações muito políticas, contra a política do Governo e do Presidente da República", disse aos jornalistas o coordenador nacional da França Insubmissa (LFI, esquerda radical), Manuel Bompard.
Na ação em Lyon, a câmara municipal referiu que 5.000 pessoas participaram na manifestação, mas os sindicatos avançaram que o número de participantes rondou os 12 mil.
Segundo as autoridades municipais, em Marselha participaram no protesto 4.000 pessoas e em Rennes 6.000, face às 15.000 e 11.500, respetivamente, registadas na última mobilização. Também Montpellier, Nantes, Bordéus e Marselha devem registar uma participação inferior em comparação à convocatória de 18 de setembro.
A quebra no número de manifestantes levou também a uma diminuição dos operacionais das forças de segurança mobilizados.
"Temos um pouco menos de forças, mas haverá 76.000 polícias e gendarmes [polícia militarizada]", incluindo 5.000 agentes presentes na região metropolitana de Paris, afirmou o ministro demissionário do Interior, Bruno Retailleau, durante uma conferência de imprensa em Paris.
Segundo o ministro, as forças de segurança não tolerarão "nenhum desvio" e estarão prontas para reagir e, inclusive, "efetuar detenções" para "levar os responsáveis perante a justiça" no caso de danos a bens ou agressões.
Tal como aconteceu em Lyon, onde durante a manhã ocorreu uma tentativa de bloqueio em que a polícia interveio para dispersar rapidamente cerca de 20 pessoas e deteve duas, segundo a BFMTV.
Em Bordéus, algumas centenas de estudantes do ensino secundário bloquearam um estabelecimento na zona oeste da cidade, entoando o slogan "Macron demissão", apelando a que o Presidente francês deixe o cargo que pode ocupar até 2027.
Em Paris, os transportes funcionam normalmente com ligeiras perturbações em alguns comboios e apenas o polo universitário de Clignancourt da Sorbonne foi afetado por um bloqueio, segundo informações dos meios de comunicação social franceses.
De acordo com o Ministério da Educação, que registou "até sete bloqueios completos" de escolas e "40 perturbações" em todo o país, 6,42% dos professores estão em greve contra 17,06% no passado dia 18 de setembro.
Ainda em Paris, a Torre Eiffel está encerrada ao público no âmbito da mobilização, devido ao voto a favor de greve de "uma larga maioria dos trabalhadores", segundo o sindicato Confederação Geral do Trabalho (CGT) da Torre Eiffel num comunicado enviado à agência de notícias France-Presse (AFP).
Esta mobilização acontece numa semana de consultas políticas entre o primeiro-ministro Sébastien Lecornu, um aliado de Macron, e os partidos políticos de forma a alcançar um acordo sobre o orçamento para 2026 e formar um novo Governo.
Na semana passada, a esquerda francesa, incluindo o Partido Socialista, ameaçou apresentar uma moção de censura contra Sébastien Lecornu, que anunciou na sexta-feira algumas propostas para o orçamento para 2026, rejeitando agravar impostos sobre os mais ricos.
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