A cidade alemã de Dresden, uma das mais castigadas pelas gigantescas inundações de há três semanas, foi no sábado fustigada por uma inesperada e violenta tempestade, que provocou inundações em várias partes da cidade e causou estragos de monta em lojas e viaturas.
Também a República Checa, que havia sido um dos países mais afectados pelos temporais do mês passado, voltou nos últimos dias a sofrer os efeitos do mau tempo, que deixou dezenas de pessoas sem casa. A Polónia foi igualmente afectada por chuvadas e inundações, que forçaram milhares de pessoas a abandonarem as suas casas e a procurarem refúgio em áreas seguras.
Entretanto, em Espanha, uma forte chuvada provocou ontem o encerramento do aeroporto de Manises, Valência, durante cerca de uma hora.
Verão tempestuoso
A região central da Europa foi no mês passado fustigada pelas piores inundações do último século. Alemanha, República Checa, Hungria, Áustria e Rússia foram os países mais afectados, com prejuízos na ordem dos milhares de milhões de euros. Mais de um centena de pessoas perderam a vida, a maior parte das quais na Rússia.
Na Alemanha, os caudais dos principais rios atingiram níveis históricos e várias cidades ficaram alagadas, obrigando à evacuação de milhares de pessoas, cenário idêntico àquele vivido na vizinha República Checa, onde as cheias fizeram mais de 200 mil deslocados.
Grécia e Espanha foram igualmente afectadas pelo mau tempo, mas Portugal escapou às intempéries que “varreram” a Europa. – R.R.
Satélites ajudam
Os cientistas já podem supervisionar os níveis das águas fluviais por satélite. A partir de agora, será possível verificar se cheias, como as que têm fustigado a Europa, têm origem em alterações climáticas ou se são apenas desastres naturais. Um programa informático desenvolvido por investigadores da Universidade de De Montfort, em Leicester, Inglaterra, poderá igualmente ajudar a prever os efeitos do aquecimento global.
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