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Nove detidos em Luanda por tráfico de cocaína a partir do Aeroporto

Operação apurou que a droga vinha em cintas, que a bordo do avião era introduzida nas casas de banho e nos seus compartimentos móveis.

28 de janeiro de 2021 às 18:05

O Serviço de Investigação Criminal (SIC) de Angola deteve uma rede de nove elementos, todos de nacionalidade angolana, acusados de facilitar a saída, de aviões, de cocaína proveniente do Brasil, foi esta quinta-feira anunciado.

Segundo o porta-voz do SIC geral, superintendente criminal Manuel Halaiwa, o mandante no Brasil, ainda por identificar, tinha um passador a quem dava instrução para, 50 minutos antes da aeronave aterrar na capital angolana, guardar a droga na casa de banho.

Manuel Halaiwa disse, em declarações à agência Lusa, que a operação era realizada há anos, sem conseguir determinar exatamente há quanto tempo.

"Não se consegue determinar, porque eles são funcionários antigos do aeroporto, há pelo menos dois anos, mas um deles há oito anos", afirmou.

Manuel Halaiwa referiu que foi a primeira vez que o SIC conseguiu encontrar em flagrante a retirada da droga do avião, fruto de investigação aturada, intrigados pela existência de drogas no mercado, apesar do controlo cerrado à saída do aeroporto internacional de Luanda.

"Em flagrante delito foi possível detetar no interior da aeronave alguma droga que estava prestes a ser transportada para o exterior, 6,84 quilogramas da droga do tipo cocaína", declarou.

A operação levada a cabo pela direção central de combate ao narcotráfico e departamento de investigação criminal do aeroporto internacional de Luanda apurou que a droga vinha em cintas, que a bordo do avião era introduzida nas casas de banho e nos seus compartimentos móveis.

"Com o avião já em terra, o principal mentor, que manda retirar a droga do avião até o seu comparsa, que fica no exterior do aeroporto internacional de Luanda, é um dos funcionários de limpeza, que orientado pelo chefe de turno dos motoristas, assegura a saída no lixo do avião e transporta para fora do aeroporto", explicou.

O grupo é composto por oito funcionários da empresa Ghassist, que opera no aeroporto internacional de Luanda, dos quais cinco são motoristas de autocarro, de placa e de rampa, três operadores de limpeza de interior de aeronave e um vendedor de drogas, com idades entre os 25 e 45 anos.

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