A edição de hoje
Escondeu-se na Embaixada dos Países Baixos na Venezuela e escapou para Espanha.
Deixou a Venezuela e fugiu para Espanha por temer pela vida. No domingo, para escapar à prisão, Edmundo González Urrutia, o opositor de Nicolás Maduro, foi levado num avião da Força Aérea espanhola para uma base militar em Madrid. Agora, os detalhes da fuga estão a ser divulgados pela imprensa internacional.
O voo fez escala na base aérea das Lajes, nos Açores, e seguiu depois para a base militar de Torrejón, em Madrid. Quando foi recebido pelas autoridades espanholas, o opositor de Maduro iniciou o processo de solicitação formal de asilo.
González pediu asilo a Espanha depois de o governo venezuelano o acusar de cinco crimes de conspiração, usurpação de funções, falsificação de documentos públicos e emitir um mandado de prisão. O opositor foi convocado três vezes a testemunhar pela Justiça venezuelana, mas não compareceu e permaneceu escondido durante várias semanas na Embaixada dos Países Baixos, em Caracas. Lá ficou até à passada quinta-feira, tendo depois passado para a residência do embaixador espanhol.
Após obter a permissão do Executivo, foi levado discretamente para o aeroporto e seguiu para a capital espanhola. "A minha saída de Caracas esteve rodeada de episódios, pressões, coações e ameaças", disse num áudio que a Plataforma Unitária Democrática (PUD) - aliança opositora venezuelana com a qual concorreu às eleições presidenciais de julho - enviou à comunicação social.
Edmundo González defendeu o diálogo entre os venezuelanos para "evitar a dor e o sofrimento" e sair da crise política. Apesar de o Conselho Nacional de Eleições da Venezuela atribuir a vitória das presidenciais a Maduro, os resultados têm sido fortemente questionados pela comunidade internacional.
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