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Papa exorta cristãos a estarem atentos aos que sofrem

"Vamos ajudar mulheres e homens de boa vontade a se preocuparem com os acontecimentos e situações que afetam grande parte da humanidade", disse o pontífice.

21 de junho de 2018 às 17:47

O papa Francisco exortou esta quinta-feira os cristãos a não serem indiferentes a todos os que sofrem e lembrou que é essencial servir os outros, numa intervenção no Conselho Mundial de Igrejas (CMI), em Genebra.

"Vamos ajudar mulheres e homens de boa vontade a se preocuparem com os acontecimentos e situações que afetam grande parte da humanidade e que raramente ocupam a primeira página" dos media, disse o pontífice no CMI, entidade que engloba o maior movimento ecuménico do mundo e que celebra 70 anos.

Francisco lamentou que alguns cristãos reajam com indiferença ao sofrimento dos outros.

"A credibilidade do Evangelho é afetada pela maneira como os cristãos respondem ao clamor de todos em todas as partes do mundo, que são injustamente vítimas do trágico aumento da exclusão que, ao gerar pobreza, favorece os conflitos", apontou.

O papa recordou também os cristãos perseguidos por causa da sua fé, "especialmente no Médio Oriente".

A moderadora do Comité Central do CMI, Agnes Abuom, teóloga anglicana do Quénia, disse que "o mundo" espera que os cristãos sejam "unidos pela justiça e pela paz, colocando os que estão à margem do mundo no centro dessas ações".

As igrejas membros do CMI e da Igreja Católica Romana, acrescentou, devem trabalhar juntas local e internacionalmente", como no Sudão do Sul, na Colômbia, na península coreana, no Burundi e na República Democrática do Congo.

O pontífice define a sua viagem a Genebra como uma "peregrinação ecuménica" e destacou que o lema de sua visita "Caminhando, rezando e trabalhando em conjunto" deveria ser o 'slogan' que rege a busca da unidade dos cristãos.

O Instituto Ecuménico do Conselho Mundial de Igrejas (CMI) recebeu a visita do papa Francisco, que saudou, conversou e riu por alguns minutos com cerca de trinta jovens religiosos de diferentes confissões cristãs que se formam neste centro.

Esta visita fez parte do programa que Francisco está a realizar na Suíça, para celebrar o 70.º aniversário da fundação do CMI.

Durante a breve visita de Francisco ao Instituto Ecuménico, houve também um momento simbólico que consistiu numa troca de presentes entre o CMI e o Vaticano.

O primeiro ofereceu ao papa argentino duas pequenas garrafas com um pouco de água para simbolizar que o acesso à água é um direito humano, um bem comum que não deveria ser privatizado.

Este presente também se refere aos esforços que devem ser feitos para reduzir o consumo de água engarrafada, devido aos seus efeitos nocivos sobre o meio ambiente.

Esse posicionamento do CMI estava contido numa carta que acompanhava as garrafas entregues ao pontífice.

O segundo presente consistiu numa cruz de madeira esculpida por um jovem deficiente do Quénia, que sofre de problemas de surdez e fala.

O Vaticano entregou ao CMI uma pequena escultura em madeira da crucificação e uma placa comemorativa da "peregrinação ecuménica" do papa.

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