Bispos portugueses sublinham que partilham do sofrimento do papa Francisco e de toda a Igreja.
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O papa Francisco recomendou esta segunda-feira o silêncio e a oração como resposta "aos que apenas procuram escândalo", divisão e destruição na Igreja Católica.
"Que o Senhor nos dê a graça de discernir quando temos de falar e quando nos devemos calar", pediu na homilia a que presidiu esta segunda-feira na Capela da Casa de Santa Marta.
O papa tem-se recusado a comentar as acusações de quem pede a sua renúncia, na sequência de uma carta divulgada pelo núncio apostólico Carlo Maria Viganò.
Na carta o ex-núncio nos Estados Unidos Carlo Maria Viganò assegura que Francisco conhecia desde junho de 2013 as acusações de abusos sexuais de um dos cardeais de confiança do papa, o arcebispo reformado de Washington, Theodore McCarrick.
Um relatório de um grande júri da Pensilvânia informou que pelo menos mil crianças foram vítimas de 300 padres nos últimos 70 anos, e que gerações de bispos falharam repetidamente na tomada de medidas para proteger a comunidade e punir os violadores.
Theodore McCarrick foi afastado em junho do colégio cardinalício e o papa argentino "ordenou a sua suspensão do exercício de qualquer ministério público, assim como a obrigação de permanecer em casa que lhe será destinada para uma vida de oração e penitência".
A 20 de agosto, o papa Francisco publicou uma carta dirigida a todos os católicos do mundo, condenando o crime de abuso sexual por parte de padres e o seu encobrimento e exigindo responsabilidades.
Na carta, o papa pediu perdão pela dor sofrida pelas vítimas e disse que os leigos católicos devem envolver-se em qualquer esforço para erradicar o abuso e o seu encobrimento e criticou a cultura clerical que tem sido responsabilizada pela crise, com os líderes da Igreja mais preocupados com a sua reputação do que com a segurança das crianças.
Esta segunda-feira, e na sequência desta polémica, os bispos portugueses manifestaram "total apoio" ao papa Francisco, numa carta enviada ao líder da Igreja Católica, em que se declaram disponíveis para seguir as suas orientações para erradicar a "chaga" do abuso de menores por padres.
"Neste momento, perante tentativas de pôr em causa a credibilidade do seu ministério, queremos manifestar-lhe a nossa fraterna proximidade e o total apoio à sua pessoa, a plena comunhão com a sua missão de pastor universal e completa adesão ao seu magistério", refere a carta dos bispos de Portugal, lida esta segunda-feira pelo presidente da Comissão Episcopal Vocações e Ministérios (CEVM), António Augusto Azevedo, durante o arranque do Simpósio Nacional do Clero, em Fátima.
Na mesma carta, os bispos portugueses sublinham que partilham do sofrimento do papa Francisco e de toda a Igreja relativamente ao "drama do abuso de menores" por parte de padres, propondo-se a "seguir as orientações para erradicar as causas desta chaga".
"Empenhar-nos-emos em incrementar uma cultura de prevenção e proteção dos menores e vulneráveis em todas as nossas comunidades", refere a carta, redigida pelos bispos, reunidos em Fátima, no Simpósio Nacional do Clero.
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