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Pelo menos 11 mortos em operação policial numa favela do Rio de Janeiro

Entre as vítimas mortais, está Leonardo da Costa Araújo, chefe do tráfico de droga no Pará.
Domingos Grilo Serrinha e correspondente no Brasil 23 de Março de 2023 às 17:17
Leonardo da Costa Araújo
Leonardo da Costa Araújo FOTO: TWITTER

Uma operação policial desencadeada na manhã desta quinta-feira, 23 de Março, em favelas do Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, região metropolitana da cidade brasileira do Rio de Janeiro, deixou pelo menos 11 pessoas mortas, todas elas, segundo a polícia, criminosos perigosos. Ao início da tarde, ainda havia violentos confrontos armados entre a polícia e supostos criminosos em vários pontos do complexo, o que pode fazer o número de vítimas fatais aumentar.

Milhares de pessoas inocentes ficaram no meio do fogo cruzado e não puderam sair das suas casas para trabalhar ou levar os filhos à escola, e há relatos de moradores feridos, entre eles duas senhoras idosas. Só após o fim de todos os confrontos a polícia deve divulgar o balanço da violenta operação.

A ação teve a participação de agentes de grupos de elite da Polícia Militar (segurança pública ostensiva) e da Polícia Civil (judiciária) do Rio de Janeiro, e ainda de agentes da polícia do estado do Pará, no norte do Brasil, porque o intuito principal era capturar ou matar traficantes daquele estado refugiados em favelas fluminenses.

O principal alvo da megaoperação, Leonardo da Costa Araújo, o Leo 41, considerado o chefe do tráfico de droga em todo o Pará, foi um dos primeiros a ser localizado e morto na ação desta quinta-feira.

Dois helicópteros militares e cinco blindados reforçaram a operação policial, permitindo a observação e a chegada dos agentes em terra a locais isolados de difícil acesso, onde geralmente os líderes criminosos se escondem. Ainda de acordo com as informações avançadas pela polícia ao início da tarde, Leo 41 estava refugiado em favelas do Rio de Janeiro desde 2019, e era daquela cidade que comandava o tráfico de droga no Pará, onde, só desde 2021, terá sido o responsável pela execução de mais de 40 polícias.
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