Jimmy Reis,
o piloto que na terça-feira passada foi detido na Líbia, vai ser julgado naquele país sem qualquer proteção legal para prisioneiros de guerra.
De acordo com o portal de notícias
The Lybia Address, o Comité dos Negócios Estrangeiros da Câmara dos Representantes da Líbia - pertencente ao grupo que se opõe ao governo atualmente reconhecido internacionalmente - considerou que o piloto foi contratado como "mercenário para bombardear civis", não tendo direito assim ao estatuto de prisioneiro de guerra.
O piloto,
que diz ser português, vai ser julgado por um tribunal da Líbia de acordo com o Código Penal daquele país, que defende que qualquer indivíduo responsável pela "transgressão contra território do Estado" ou por "facilitar a guerra" possa ser condenado a uma pena de morte.
A identidade do piloto capturado terça-feira na Líbia, após o caça Mirage em que seguia ter sido abatido por militares do Exército Nacional daquele país, continua por confirmar de forma oficial.
Num vídeo, o piloto identifica-se como Jimmy Reis, um português de 29 anos e que foi contratado para destruir estradas e pontes.
Os captores dizem que o homem combate ao lado do Governo do Acordo Nacional, mas os responsáveis deste governo provisório dizem que nenhuma aeronave foi abatida.
As duas forças combatem pelo controlo de Tripoli e terá sido numa ação militar que o caça de fabrico francês foi abatido. Vídeos mostram o piloto com sangue na cara a ser interrogado por militares leais ao ‘senhor da guerra’ Khalifa Haftar.