Lecornu enfrenta o desafio de conseguir a aprovação do Orçamento de Estado para 2026 no meio de uma crise política.
O primeiro-ministro francês, Sébastien Lecornu, que até setembro era ministro da Defesa, considerou esta segunda-feira que o aumento planeado do orçamento militar é indispensável face ao agravamento do cenário global.
"A 13 de julho, o chefe de Estado anunciou um novo esforço para acelerar o nosso rearmamento. [Este aumento] é indispensável. Vou garantir que este compromisso é cumprido", defendeu Lecornu numa mensagem às Forças Armadas.
Lecornu, que foi reconduzido como primeiro-ministro na sexta-feira, depois de se ter demitido no início da semana passada, enfrenta o desafio de conseguir a aprovação do Orçamento de Estado para 2026 no meio de uma crise política.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou, em junho do ano passado, a dissolução do parlamento após a derrota nas eleições europeias, nas quais a extrema-direita conseguiu 32% dos votos, e convocou eleições legislativas antecipadas para daí a dois meses.
A decisão acabou por mergulhar a França em grande instabilidade política, com um parlamento sem maioria e dividido em três blocos (esquerda, centro-direita, extrema-direita) e uma sucessão de quatro primeiros-ministros num ano e meio.
Apesar do contexto ser de poupança orçamental, Macron indicou querer um aumento orçamental adicional da despesa com a Defesa de 3,5 mil milhões de euros em 2026 - além dos 3,2 mil milhões de euros já previstos na Lei de Planeamento Militar.
Este esforço eleva o orçamento das Forças Armadas para 57,2 mil milhões de euros, mais 13% do que os 50,5 mil milhões de euros de 2025.
Este aumento planeado do orçamento militar foi adotado numa altura em que a França, a segunda maior economia da Zona Euro, tem uma dívida de 3,4 mil milhões de euros (115,6% do Produto Interno Bruto - PIB) e o crescimento é prejudicado pela relutância em investir.
Na sua mensagem, publicada nas redes sociais, Sébastien Lecornu apela à continuação da "construção de um novo modelo de exército: híbrido, ativo e de reserva, com competências melhoradas e resiliência reforçada" e com um "envolvimento operacional com os aliados e parceiros para a segurança coletiva da Europa",
Os 32 países da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) acordaram em junho fazer um aumento do investimento na área da Defesa para 5% do PIB até 2035, face à guerra na Ucrânia, que se arrasta desde fevereiro de 2022 e às ameaças híbridas por parte da Rússia.
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