Um dos detidos vivia "numa casa próxima à da vítima" e que "tinha sido arrendada há pouco menos de três meses".
A polícia moçambicana deteve dois irmãos por suspeita de envolvimento no rapto de um empresário há mais de uma semana em Maputo, capital moçambicana, anunciou esta sexta-feira a corporação.
Um dos detidos vivia "numa casa próxima à da vítima" e que "tinha sido arrendada há pouco menos de três meses", disse Hilário Lole, porta-voz do Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic) na cidade de Maputo, numa conferência de imprensa.
O empresário de 70 anos, proprietário de um hotel na capital moçambicana, foi raptado na noite do dia 30 de junho por desconhecidos, ao sair de casa, no bairro da Polana Caniço A.
Trata-se da mesma zona da capital onde habita o comandante-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), embora o empresário resida noutra rua, com pouca iluminação e menos guardas - que são presença habitual em muitas casas e prédios de Maputo.
Segundo a polícia, os dois irmãos, de 25 e 35 anos, terão sido responsáveis pelo arrendamento da casa que seria usada como cativeiro, além de um deles ser, supostamente, o proprietário de duas viaturas usadas no rapto e que foram apreendidas pelas autoridades.
"É uma casa disponibilizada pelo serviço. O meu trabalho é que paga a casa, não eu. Eu estou lá há três meses", disse aos jornalistas um dos detidos, que nega o seu envolvimento no crime.
De acordo com o Sernic, o mandante do rapto encontra-se fora do país e estão a decorrer investigações para a sua localização, assim como da vítima, que ainda está em parte incerta.
Na quinta-feira, mais um empresário foi raptado por desconhecidos na cidade de Chimoio, província de Manica, no centro de Moçambique, anunciou esta sexta-feira fonte da polícia.
Ebraim Seedat, 60 anos, com dupla nacionalidade (portuguesa e moçambicana) e cuja família tem raízes asiáticas, foi raptado no início da noite, junto à entrada da sua residência, na rua da Zâmbia, numa zona nobre da cidade de Chimoio, onde existe "um cordão de segurança considerável".
Numa avaliação sobre a criminalidade, apresentada no início do mês de maio, a procuradora-geral da República de Moçambique referiu que os crimes de rapto têm vindo a aumentar e os grupos criminosos têm ramificações transfronteiriças, mantendo células em países como África do Sul.
De acordo com Beatriz Buchili, foram registados 14 processos-crime por rapto em 2021, contra 18 em 2020, mas há outros casos que escapam à contabilidade oficial, sendo que na maioria o desfecho é desconhecido.
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