Bolsonaro não é alvo da operação, mas mensagens já intercetadas pela polícia apontam o antigo presidente como beneficiário do esquema de corrupção e desvios.
A Polícia Federal do Brasil desencadeou esta sexta-feira uma operação contra pessoas do círculo mais próximo ao ex-presidente Jair Bolsonaro suspeitas de terem tirado ilegalmente do país joias, esculturas e outros presentes de alto valor oferecidos ao estado brasileiro por governos de outros países e de os terem vendido, também de forma ilícita, nos Estados Unidos. Bolsonaro não é alvo da operação, mas mensagens já intercetadas pela Polícia Federal apontam o antigo presidente como beneficiário do esquema de corrupção e desvios.
Entre os suspeitos alvos das ações desta sexta-feira estão o ex-ajudante-de-campo de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, preso em maio por fraudar o boletim de vacinas contra a Covid-19 do ex-mandatário, o pai deste oficial, general Mauro Lourena Cid, e o advogado do clã Bolsonaro, Frederick Wasseff. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro nas residências dos suspeitos.
De acordo com a investigação da Polícia Federal, esses e outros assessores do então presidente venderam vários objetos de ouro e diamantes, esculturas e outros bens de alto valor oferecidos ao Brasil por países estrangeiros, nomeadamente a Arábia Saudita e o Bahrein, para reverterem esses objetos em dinheiro líquido alegadamente destinado a Bolsonaro. Parte desses objetos, que, na verdade, deveriam ter sido integrados ao acervo da Presidência da República, começaram a ser vendidos pelo menos em Julho do ano passado, quando Bolsonaro ainda era presidente, e as vendas continuaram nos meses de Janeiro, Fevereiro e Março deste ano, período que ele passou nos EUA depois de ter abandonado o Brasil na véspera do fim do seu mandato.
Ainda de acordo com a Polícia Federal, ao deixar o Brasil de forma tão precipitada, Jair Bolsonaro levou com ele no avião presidencial muitos objetos de alto valor de que se apropriou e que não poderia ter tirado do país. Quem foi encarregado de vender as joias e obras de arte nos EUA, nomeadamente em lojas especializadas na cidade de Miami, foi, sempre de acordo com a Polícia Federal, o general Mauro Lourena Cid, que nessa altura tinha um cargo na representação nos Estados Unidos de uma agência brasileira de fomento a exportações.
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