A edição de hoje
Crime ocorreu pelas 06h00 (05h00 em Lisboa) no bairro Matola-Gare, província de Maputo, sul de Moçambique, envolvendo quatro indivíduos.
A polícia moçambicana confirmou que um agente do Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic) foi visado e ferido no tiroteio que esta manhã provocou a morte de duas pessoas, atingidas por balas perdidas, na Matola, arredores de Maputo.
Segundo a porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) da província de Maputo, Carmínia Leite, o crime ocorreu pelas 06h00 (05h00 em Lisboa) no bairro Matola-Gare, província de Maputo, sul de Moçambique, envolvendo quatro "indivíduos desconhecidos, ainda a monte", transportados em duas viaturas ligeiras e munidos de metralhadoras do tipo AK-47.
"Os indivíduos vinham de Nwamatibjana em direção a Matola Gare, em perseguição, disparando contra uma viatura em que se fazia transportar um membro do Sernic e, na mesma senda, infelizmente, duas pessoas perderam a vida. Uma pessoa perdeu a vida no terreno e a outra pessoa perdeu a vida já a caminho do hospital", disse à Lusa Carmínea Leite.
Avançou que foi solicitada a presença da brigada técnica do Sernic, que efetuou perícias no local, decorrendo averiguações no terreno em conjunto com a PRM.
Segundo a porta-voz, a vítima que perdeu a vida no local seguia numa viatura semicoletiva de passageiros e a segunda, que perdeu a vida já a caminho do hospital, estava numa viatura particular, ambas atingidas alegadamente por balas perdidas.
"Sobre o agente do Sernic, não perdeu a vida, mas encontra-se a receber cuidados médicos no hospital", acrescentou Carmínia Leite.
Este foi o quinto evento violento do género na Matola, município nos arredores da capital, desde junho, e nos quais estiveram envolvidos agentes da polícia moçambicana.
O último caso aconteceu na manhã de 09 de setembro, com um sargento principal alvejado mortalmente quando se encontrava no interior da sua viatura, numa zona denominada Mangueiras, área de jurisdição da sétima esquadra da polícia, no bairro T3, na província de Maputo.
Em 4 de julho, pelo menos quatro pessoas foram mortas numa troca de tiros com agentes da PRM durante uma operação para impedir um assalto a uma empresa de construção civil na Matola.
Em 2 de julho, a PRM confirmou o homicídio de dois agentes da corporação, com 54 tiros, na manhã desse dia, e ferimentos por bala de uma mulher de 78 anos, também na Matola, arredores da capital moçambicana.
O primeiro caso aconteceu também na Matola, na noite de 11 de junho, quando um agente da Unidade de Intervenção Rápida (UIR) da PRM foi morto com cerca de 50 tiros, no bairro Nkobe, por três homens até ao momento não identificados.
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