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Polícia já tem uma cela pronta à espera de Jair Bolsonaro

Cela individual tem casa de banho privativa, uma cama, uma mesa de trabalho, uma cadeira e uma televisão.

22 de agosto de 2025 às 12:53

A expectativa de que a prisão preventiva de Jair Bolsonaro é iminente e pode ser decretada a qualquer momento, inclusive no final desta sexta-feira, fez a Polícia Federal (PF) e a Secretaria de Administração Penitenciária de Brasília montarem uma cela especial para receber o ex-presidente. A cela já está pronta, e não obstante a corporação negar ter sido montada para o antigo chefe de Estado, entre os agentes ela já é chamada de “cela do Bolsonaro”.

A cela, que é individual, foi montada numa sala no rés-do-chão da Superintendência Regional de Brasília da própria PF, numa área interna reservada, para garantir privacidade e segurança ao ex-governante. O espaço tem casa de banho privativa, uma cama, uma mesa de trabalho, uma cadeira e uma televisão.

Actualmente, Jair Bolsonaro cumpre prisão domiciliária na sua mansão em Brasília, por ter descumprido medidas cautelares determinadas pelo juiz Alexandre de Moraes, relator dos processos contra ele em tramitação no Supremo Tribunal Federal, STF, mas essa situação pode mudar e agravar-se drasticamente ainda esta sexta-feira, pelo horário do Brasil, madrugada de sábado em Portugal. É que termina às 20h34 locais, 0h34 em Lisboa, o prazo dado por Moraes para os advogados de Jair Bolsonaro responderem a um novo relatório da Polícia Federal acusando o antigo presidente de ter descumprido novamente e por mais de 300 vezes as regras que lhe davam o benefício da prisão domiciliária, e há fortes estimativas de que o magistrado, conhecido pela dureza nas suas decisões, reverta essa domiciliária nas próximas horas em prisão preventiva em regime fechado.

Além do risco de ser enviado para uma cela comum nas próximas horas, Jair Bolsonaro enfrenta um outro risco próximo, o início do julgamento em que é arguido por tentativa de golpe de Estado, marcado para dia 2 de Setembro. Quase ninguém acredita que ele escape de uma pesada condenação, que, se for usado o rigor máximo, pode chegar a 43 anos de cadeia.

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