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Polícia localiza e mata um dos traficantes mais procurados do Rio de Janeiro

Thiago da Silva Folly foi cercado num bunker pela Polícia Militar.

13 de maio de 2025 às 17:25

Após mais de oito meses de um trabalho das suas forças de inteligência, a Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro localizou e matou na madrugada desta terça-feira um dos criminosos mais procurados daquele estado brasileiro, o traficante Thiago da Silva Folly, o TH. Ele foi cercado num bunker no alto do Morro do Timbau, no Complexo de Favelas da Maré, zona norte da capital fluminense, e, de acordo com a polícia, morreu durante a intensa troca de tiros que se seguiu ao cerco do local.

Outros dois suspeitos, que a PM afirma serem seguranças de TH, foram feridos e socorridos para um hospital da região, mas também não resistiram aos ferimentos e morreram pouco depois. TH era um dos chefes do tráfico de droga na Maré e líder da organização criminosa TCP, Terceiro Comando Puro, e era acusado ainda de participação na morte de dois agentes durante uma outra operação na Maré, no ano passado.

A ação desta terça-feira foi desencadeada pelo BOPE, Batalhão de Operações Policiais Especiais, a força de elite da PM, e iniciou-se pouco depois das três horas da madrugada locais, sete horas da manhã em Lisboa, apanhando a todos de surpresa. Ainda segundo a versão oficial, criminosos que protegiam TH incendiaram barricadas tentando impedir o avanço da polícia e quando os agentes se aproximaram do bunker os criminosos atiraram sem cessar, obrigando os militares a responder da mesma forma.

A grande operação acordou milhares de moradores do complexo em sobressalto com o barulho dos tiros, até porque a polícia usou espingardas de guerra de grosso calibre e os criminosos utilizaram até armas tracejantes contra os agentes, num cenário de guerra que se prolongou por várias horas, mesmo após a morte de TH. Diversas vias importantes da região norte do Rio de Janeiro, entre elas a Linha Amarela e a Linha Vermelha, que levam ao Aeroporto Internacional do Galeão, foram interditadas pela polícia pois cortam o Complexo de Favelas da Maré e havia confrontos em diferentes locais.

Os tiroteios generalizados impediram a abertura de 45 escolas ao amanhecer, obrigaram ao encerramento das unidades de saúde de toda a região e até a UFRJ, Universidade Federal do Rio de Janeiro, autorizou alunos, professores e funcionários a faltarem esta terça-feira. Até final da manhã, todo o comércio continuava fechado e milhares de pessoas ainda não tinham podido ir trabalhar ou comparecer a outros compromissos, quer por medo de serem atingidas por balas perdidas quer porque mais de 70 linhas dos autocarros dos transportes coletivos foram desviadas das suas rotas habituais para evitarem a região de conflito.

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