Corpo do empresário, de 54 anos, foi encontrado enterrado numa residência que servia de cativeiro, no bairro da Liberdade, nos arredores da cidade de Maputo.
A polícia moçambicana deteve dois suspeitos de envolvimento num rapto em 2022, que resultou numa vítima mortal, cujo corpo foi encontrado em fevereiro deste ano, em Maputo, sul de Moçambique, disse este sábado à Lusa fonte da corporação.
Os dois homens, com 34 e 38 anos, foram detidos na quarta-feira, na província de Gaza, também no sul de Moçambique, por suspeita de envolvimento no rapto de um empresário de nacionalidade paquistanesa em outubro de 2022, numa das avenidas da capital moçambicana, disse Hilário Lole, porta-voz do Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic), na cidade de Maputo.
"Chegámos a estes dois homens quando procurávamos dados sobre o mandante do rapto, que está na África do Sul. Um [dos suspeitos] foi encontrado na residência do mandante com uma pistola e dois carregadores", referiu o porta-voz do Sernic.
Segundo a polícia, o corpo do empresário, de 54 anos, foi encontrado enterrado numa residência que servia de cativeiro, no bairro da Liberdade, nos arredores da cidade de Maputo.
"O laudo do médico legista indica que o corpo estava enterrado há pelo menos um ano, o que significa que o empresário foi morto em 2023", acrescentou Hilário Lole.
A Polícia da República de Moçambique (PRM) registou um total de 185 casos de raptos e pelo menos 288 pessoas foram detidas por suspeitas de envolvimento neste tipo de crime desde 2011, anunciou em março o ministro do Interior.
"A cidade de Maputo apresenta maior tendência e incidência de casos criminais de raptos, seguida da província de Maputo e, por fim, Sofala, com registo de 103, 41 e 18 casos, respetivamente", declarou o ministro do Interior de Moçambique, Pascoal Ronda, em 19 de março.
A onda de raptos em Moçambique tem afetado empresários e seus familiares, sobretudo pessoas de ascendência asiática, o que para as autoridades exige uma reflexão.
O Governo britânico advertiu, na terça-feira, os britânicos que visitem Moçambique para o risco de rapto, sobretudo em Maputo, na sequência de vários casos recentes.
Numa atualização à página de Internet de conselhos aos viajantes, o Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico refere que foram registados "raptos com pedido de resgate em Moçambique, principalmente na capital, Maputo".
A maioria dos raptos cometidos em Moçambique é preparada fora do país, o que dificulta o combate a este tipo de crimes, disse em abril, no parlamento, a procuradora-geral da República, Beatriz Buchili.
A maioria dos mandantes vive na África do Sul, avançou.
O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, admitiu que o combate aos raptos que assolam o país, nomeadamente Maputo e sobretudo empresários, requer mais "proatividade", nomeadamente a colaboração com o setor privado e outros países.
"Estamos a fazer o trabalho com os países que têm muita experiência neste sentido", garantiu Nyusi, em 15 de maio.
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