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Polónia detém ucraniano suspeito na explosão dos gasodutos Nord Stream

Detenção ocorreu ao abrigo de um mandado de captura europeu emitido pelas autoridades alemãs.

30 de setembro de 2025 às 14:32

As autoridades polacas detiveram um ucraniano suspeito de estar envolvido nas explosões submarinas que danificaram os gasodutos Nord Stream entre a Rússia e a Alemanha, em 2022, anunciou esta terça-feira a procuradoria de Varsóvia.

O suspeito, identificado apenas como Volodymyr Z., foi detido em Pruszków, no centro da Polónia, de acordo com a estação de rádio polaca RMF FM, que deu a notícia em primeira mão.

O nome completo não foi divulgado devido a regras de privacidade, segundo a agência norte-americana The Associated Press (AP).

O detido foi transferido para a Procuradoria Distrital de Varsóvia.

A detenção ocorreu ao abrigo de um mandado de captura europeu emitido pelas autoridades alemãs, disse o porta-voz do Ministério Público de Varsóvia, Piotr Antoni Skiba.

Um porta-voz da Procuradoria Federal da Alemanha não respondeu de imediato a um pedido de comentário, segundo a AP.

O advogado do detido hoje, Tymoteusz Paprocki, disse à RMF FM que não era certo que o cliente estivesse envolvido no ato de sabotagem e que aguardava informações oficiais sobre as intenções do sistema judicial alemão em apresentar queixa.

"Tendo em conta a guerra em grande escala na Ucrânia e o facto de a Nord Stream ser propriedade da empresa russa Gazprom, que financia estas atividades, a defesa não vê, neste momento, qualquer possibilidade de apresentar queixa contra quem tenha participado nestes eventos", afirmou.

O advogado acrescentou que a defesa vai contestar a extradição, segundo a AP.

Um outro ucraniano foi detido em Itália em agosto, no âmbito da investigação às explosões submarinas em 26 de setembro de 2022 que danificaram os gasodutos construídos para transportar gás natural russo para a Alemanha sob o mar Báltico.

Os danos aumentaram as tensões em torno da guerra na Ucrânia, à medida que os países europeus tentavam procurar alternativas às fontes de energia russas, após a invasão russa em fevereiro de 2022.

De acordo com a RMF FM, as autoridades alemãs afirmam que o homem é instrutor de mergulho e, em setembro de 2022, navegou até ao mar Báltico num iate, de onde mergulhou e alegadamente colocou o explosivo no gasoduto.

A Rússia negou sempre qualquer envolvimento no incidente.

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