Esta sexta-feira o Conselho de Segurança da ONU vai reunir, a pedido da Polónia, para discutir o incidente.
Apesar da maior parte dos parceiros europeus da Polónia já terem condenado o ataque russo que afetou o país de leste na terça-feira, Donald Trump sugeriu na quinta-feira à noite que o incidente “poderia ter sido um erro”.
Enquanto prestava declarações aos jornalistas o presidente norte-americano, tradicionalmente aliado dos países europeus da NATO, garantiu ainda: “Não estou feliz com nada que tenha a ver com toda esta situação, espero que isto acabe”.
Ainda durante a noite de quinta-feira o vice-primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros da Polónia Radoslaw Sikorski, que está a realizar uma visita a Kiev, fez questão de esclarecer: “Não, não foi um erro. Na noite em que 19 drones russos sobrevoaram a Polónia, mais de 400 drones e 40 mísseis sobrevoaram a Ucrânia. Não forram erros”.
Numa entrevista à Fox News Sikorski defendeu que é preciso “mudar os cálculos de Vladimir Putin”: “Precisamos convencê-lo de que não há um custo aceitável para conquistar a Ucrânia e para isso precisamos de impor sanções mais duras à Rússia”. O ministro dos Negócios Estrangeiros polacos aproveitou ainda para fazer uma crítica à atuação de Trump: “Deveríamos ter sanções, mas, em vez disso, tivemos o Alasca e desde então que os ataques se intensificaram”.
Esta visão foi reforçada pelo primeiro-ministro Donald Tusk nas redes sociais: “Também gostávamos que o ataque à Polónia tivesse sido um erro, mas não foi e sabemos disso”.
Esta troca de posições ocorreu horas antes de o Conselho de Segurança da ONU se reunir, em Nova Iorque, para discutir o incidente, a pedido da Polónia.
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