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Putin insiste em culpar Ucrânia por atentado

Líder russo admite que ataque foi levado a cabo por radicais islâmicos. Suspeitos presentes a tribunal com marcas evidentes de tortura.

26 de março de 2024 às 01:30

O Presidente russo, Vladimir Putin, voltou esta segunda-feira a insistir no envolvimento da Ucrânia no ataque terrorista de sexta-feira no Crocus City Hall, apesar de todas as evidências que apontam para o Daesh.

O atentado contra a sala de concertos a norte de Moscovo, que fez 137 mortos, foi reivindicado pelo ISIS-K, uma das mais violentas fações do Daesh, que publicou vídeos dos ataques nas redes sociais. Os EUA disseram no sábado não terem qualquer razão para duvidar da credibilidade da reivindicação, mas Putin procurou de imediato apontar o dedo a Kiev, afirmando que os terroristas tentaram fugir para a Ucrânia. Esta segunda-feira voltou à carga e, embora admitindo que o massacre foi levado a cabo por "radicais islâmicos", insistiu que "faz parte dos ataques do regime de Kiev contra a Rússia". "Estamos interessados em saber quem beneficiou com isto", afirmou Putin, referindo-se ao ataque como "um ato de intimidação". Horas antes, a porta-voz do MNE russo, Maria Zakharova, já tinha acusado os EUA de usarem o "papão do Daesh" para desviar as atenções "dos seus protegidos em Kiev".

Entretanto, os quatro presumíveis autores do ataque foram presentes a tribunal no domingo à noite e formalmente acusados de terrorismo. Todos apresentavam marcas evidentes de tortura e há vários vídeos a circular nas redes sociais que mostram os suspeitos a serem violentamente espancados e torturados pelas forças de segurança após a detenção. Num dos vídeos, um militar corta parte da orelha de um dos detidos e tenta obrigá-lo a comê-la, enquanto outro dos suspeitos é torturado com choques elétricos nos genitais. O Kremlin recusou comentar.

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Acusação a Kiev é propaganda

Ameaças a Putin

O Daesh fez esta segunda-feira novas ameaças a Putin e à Rússia, afirmando que as imagens dos suspeitos a serem torturados pelas forças de segurança após serem detidos "aumentaram ainda mais a sede de sangue dos nossos combatentes".

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