Presença de mais de duas dezenas de líderes estrangeiros no desfile militar em Moscovo demonstra, segundo o Kremlin, que a Rússia não está isolada.
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A Rússia assinalou esta sexta-feira o 80º aniversário da vitória sobre a Alemanha nazi na Segunda Guerra Mundial com o maior desfile militar em Moscovo desde o início da invasão da Ucrânia, em 2022, numa demonstração de força perante mais de duas dezenas de chefes de Estado e de Governo estrangeiros, incluindo os presidentes da China, Xi Jinping, e do Brasil, Lula da Silva.
Após três anos de paradas militares modestas, que alguns observadores atribuíram às devastadoras baixas humanas e materiais sofridas na frente de batalha, Putin mobilizou desta vez todos os esforços para garantir uma demonstração de força convincente, com 11 500 militares a desfilarem nas ruas de Moscovo, incluindo 1500 veteranos da guerra na Ucrânia, além de dezenas e dezenas de tanques, peças de artilharia, drones, lançadores múltiplos de rockets e mísseis balísticos ‘Yars’, com capacidade nuclear. “A verdade e a justiça estão do nosso lado. O país, a sociedade e o povo, todos apoiam os participantes na ‘operação militar especial’”, sublinhou Putin no seu discurso, naquela que foi a única referência direta à guerra na Ucrânia.
O presidente russo assistiu ao desfile sentado ao lado do homólogo chinês, Xi Jinping, o mais importante dos 29 líderes estrangeiros que marcaram presença em Moscovo, numa vitória diplomática para o Kremlin, que assim contraria os relatos ocidentais sobre o isolamento da Rússia.
O desfile militar decorreu sem incidentes, depois de vários dias de ataques ucranianos com drones contra a capital russa. Putin decretou uma trégua unilateral de três dias, até este sábado à noite, por ocasião das celebrações, mas as forças ucranianas denunciaram dezenas de violações ao longo de todo o dia.
Na quinta-feira à noite, o presidente dos EUA, Donald Trump, apelou a um cessar-fogo incondicional de 30 dias e ameaçou com sanções adicionais se a proposta não for aceite. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, saudou o apelo, que vai ao encontro do que Kiev tem defendido, mas a Rússia não respondeu.
Tribunal especial para julgar a Rússia
Os aliados europeus de Kiev, reunidos esta sexta-feira em Lviv para assinalar o Dia da Europa, aprovaram a criação de um Tribunal Especial para o Crime de Agressão da Rússia Contra a Ucrânia, que irá julgar, à revelia, os responsáveis russos pela guerra. Este sábado, Volodymyr Zelensky recebe na capital ucraniana os representantes da ‘coligação dos interessados’ para discutir as futuras garantias de segurança.
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