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Rei da Tailândia em visita inédita à China para reforçar laços bilaterais

Deslocação marca a primeira visita oficial de um rei tailandês em funções à China.

12 de novembro de 2025 às 12:50

O rei da Tailândia iniciou esta quarta-feira uma visita inédita de cinco dias à China, para reforçar laços com o Presidente chinês, Xi Jinping, no âmbito dos 50 anos de relações diplomáticas entre os dois países.

A deslocação de Vajiralongkorn, de 73 anos, assinala os 50 anos de relações diplomáticas entre os dois países e marca a primeira visita oficial de um rei tailandês em funções à China. O soberano viaja acompanhado da rainha Suthida e deverá reunir-se em separado com Xi Jinping e com o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, embora a agenda dos encontros não tenha sido divulgada.

Segundo a diplomacia chinesa, a visita visa "reforçar a amizade tradicional, consolidar a confiança política mútua e aprofundar a cooperação mutuamente benéfica". Já a Casa Real tailandesa referiu, em comunicado, que o objetivo é "fortalecer ainda mais a amizade" e "o entendimento mútuo" entre os dois países.

Durante a visita está previsto um banquete de Estado oferecido por Xi Jinping e uma cerimónia de homenagem no Monumento aos Heróis do Povo, na Praça Tiananmen, onde os soberanos tailandeses deverão depositar uma coroa de flores.

A visita decorre em pleno luto oficial pela morte da rainha-mãe Sirikit, no passado dia 24 de outubro, aos 93 anos.

Vajiralongkorn subiu ao trono em 2016 e é apontado pelo jornal norte-americano Business Insider como o monarca mais rico do mundo, com uma fortuna estimada, em 2018, em 30 mil milhões de dólares (26 mil milhões de euros).

A deslocação à China ocorre na mesma semana em que o Governo tailandês suspendeu um acordo de paz na fronteira com o Camboja, ratificado em outubro com mediação do Presidente norte-americano, Donald Trump.

Ao longo deste ano, Banguecoque intensificou a cooperação com Pequim no combate a esquemas de fraude organizados a partir de zonas fronteiriças e países vizinhos como Myanmar (antiga Birmânia) e Camboja, com centenas de detenções e a repatriação de milhares de vítimas, recrutadas por redes criminosas, muitas de origem chinesa, segundo investigações.

A Tailândia pretende ainda recuperar o fluxo turístico oriundo da China, que era a maior fonte de visitantes antes da pandemia, mas que caiu este ano devido a vários casos mediáticos de cidadãos chineses retidos em redes de tráfico humano ligadas aos centros de fraude.

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