A edição de hoje
Jovem disparou jato de espuma no rosto do jornalista, enquanto lhe foi arrancado o telemóvel da mão.
Um repórter da Rede Globo que fazia um direto sobre o Carnaval, esta sexta-feira, junto ao Terminal Rodoviário Novo Rio, na região central da cidade do Rio de Janeiro, foi roubado ao vivo enquanto fazia a transmissão.
Josué Amador falava ao vivo para a Inter TV, emissora filiada à rede e que, além de conteúdo próprio, retransmite a programação da TV Globo na região dos Lagos, onde ficam cidades como Búzios e Cabo Frio, e na região serrana, onde se localizam Petrópolis, Teresópolis e Friburgo, entre outras famosas cidades do estado do Rio de Janeiro.
Josué estava a informar os telespectadores da Globo nas duas importantes regiões sobre o funcionamento especial dos transportes públicos que ligam a capital do estado às cidades vizinhas no período de Carnaval quando um grupo de jovens, aparentemente foliões que participavam num desfile de rua ali perto, passou por ele. Um dos rapazes disparou um jato de espuma no rosto do jornalista. Quando o repórter parou de falar para tentar limpar o rosto, o telemóvel foi-lhe arrancado da mão, deixando-o bastante abalado e sem ter como continuar o direto.
Alguns seguranças da Escola de Samba União de Maricá, uma das cidades da região dos Lagos, que estavam ali perto por mero acaso, correram atrás do ladrão e conseguiram recuperar o telemóvel do repórter. Josué está há um ano e sete meses na emissora e nunca tinha passado por uma situação assim, mas o susto foi grande, principalmente nos momentos em que não conseguia ver nada devido à espuma nos olhos e não sabia o que ia acontecer.
Mais tarde, a Rede Globo e a Inter TV publicaram comunicados repudiando o ataque ao jornalista e criticando a falta de segurança na cidade do Rio de Janeiro, incluindo a um repórter devidamente identificado e claramente em serviço.
Uma sondagem divulgada esta semana pelo Instituto Genial Quaest mostrou o governador do estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, um ex-cantor evangélico aliado de Jair Bolsonaro, como o pior governante regional do Brasil, com mais de 80% da população do estado a indicar a segurança pública como o maior problema.
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