Rutura de barragem em Brumadinho deixou pelo menos 300 desaparecidos.
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O balanço de vítimas mortais da rutura de várias barragens de um complexo mineiro no Brasil subiu na noite deste domingo para 60. Os corpos das vítimas foram encontrados na zona do desastre. Segundo a Folha de São Paulo, desses, 17 já foram identificados, revela a Polícia Civil de Minas. Até o momento, foram resgatadas 192 pessoas pelos bombeiros. Há pelo menos 305 desaparecidos, avança a empresa de exploração mineira Vale, dona do complexo de Brunmdinho, no estado de Minas Gerais, onde se deram as ruturas.
Alerta de nova barragem em risco foi desativado
A Proteção e Defesa Civil do Brasil concluiu este domingo que não existe risco de rutura de outra barragem em Minas Gerais, depois do desastre de sexta-feira que provocou até agora pelo menos 37 mortes, noticiam os media brasieliros.
Após a avaliação da situação em Brumadinho, foi decido prosseguir as buscas. Mais de 280 pessoas estão desaparecidas, de acordo com a mesma fonte.
As buscas para encontrar sobreviventes, que deveriam ter sido retomadas este domingo de manhã, depois da interrupção no sábado à noite, foram suspensas após o alerta para o risco de rutura de outra barragem.
Assim que o alarme foi acionado, os bombeiros começaram a evacuar as aldeias mais próximas da barragem. Os moradores foram, entretanto, autorizados a voltar a casa, segundo o G1.
A empresa mineradora Vale afirmou, em comunicado, que tinha feito soar os alarmes depois de "ter detetado um aumento nos níveis de água na barragem VI, estrutura que é parte da mina de Córrego do Feijão, cuja barragem ruiu na sexta-feira.
A empresa referiu que a barragem VI "não contém resíduos de minas", mas sim de três a quatro milhões de metros cúbicos de água.
A rutura de três barragens de uma exploração mineira, na sexta-feira, causou pelo menos 37 mortos e cerca de 300 desaparecidos, anunciaram os bombeiros e a empresa mineradora Vale, noticiou o portal globo.com. Segundo números divulgados pelo Governo de Minas Gerais, até as 9h00 hora (11h00 em Portugal) deste domingo foram encontrados 37 corpos. Oito deles já foram identificados por familiares, segundo a Polícia Civil de Minas.
As sirenes de alerta de tragédia, que sexta-feira não tocaram e aumentaram os números trágicos da primeira rutura, desta vez funcionaram. Pouco depois das 05h00 da madrugada deste domingo (07h00 em Lisboa), a cidade foi acordada em sobressalto pela sirene e pelas mensagens gravadas alertando os moradores para a iminência de uma nova tragédia e apelando a que os moradores deixassem imediatamente as suas casas e procurassem locais seguros em pontos altos.
As centenas de bombeiros, polícias, militares, efetivos da Protecção Civil e da Cruz Vermelha, bem como voluntários civis que tinham retomado as buscas a desaparecidos uma hora antes, às quatro da madrugada, pararam os trabalhos imediatamente. Todos os efetivos passaram a percorrer os bairros mais baixos de Brumadinho e a área rural da cidade, que fica mais perto do complexo de barragens de resíduos da antiga Vale do Rio Doce, de casa em casa, direcionando os moradores para sairem do local.
Com veículos próprios ou as viaturas das equipas de socorro, moradores carregaram o que foi possível, na maior parte dos casos apenas algumas roupas, colchões e documentos, e foram levados para locais seguros. A vale informou horas depois que a barragem que estava em risco de colapso não contém resíduos e sim cerca de cinco milhões de metros cúbicos de água, mas não adiantou qual o grau desse risco.
Sexta-feira, quando a barragem "Mina Feijão" rebentou, atirando mais de 13 milhões de metros cúbicos de rejeito sobre quilómetros em redor, onde havia pousadas, casas de campo e escolas, pelo menos uma outra barragem foi atingida por parte da lama e ficou excessiva e perigosamente cheia. Por isso, técnicos da Vale estavam desde então a usar bombas de sucção para tentar reduzir o volume dessa segunda barragem, mas a empresa não informou se o alerta de nova tragédia se refere a essa estructura ou se as barragens em risco de nova rutura já são duas.
Oficialmente, até ao início da manhã de domingo 34 corpos tinham sido encontrados na área da tragédia, e quase 200 sobreviventes tinham sido resgatados por helicópteros, já que o mar de lama movediça na maior parte dos casos não permite o acesso por terra às regiões mais afectadas. Mas há largas centenas de desaparecisos, entre funcionários que trabalhavam na Vale na hora do colapso e moradores de Brumadinho, e a cada hora que passa fica menos provável que sejam encontrados com vida, a menos que estejam ilhados em algum ponto isolado e sem comunicação.
Uma equipa de militares de Israel especializados em atendimento a catástrofes deixou aquele país ao amanhecer deste domingo rumo a Brumadinho, depois de uma conversa telefônica entre o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Eles carregam toneladas de equipamentos de última geração no resgate de vítimas soterradas, incluindo sonares capazes de detectar os mínimos sinais de vida mesmo de pessoas soterradas a vários metros da superfície.
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