Roménia e Bulgária estão fora deste espaço, apesar de serem membros da UE, sendo que a sua entrada é apoiada pela Comissão Europeia há uma década.
"Não estamos a falar de uma data específica de junho ou outubro, mas pessoalmente espero que o processo de acesso esteja concluído este ano, analisando o melhor momento para a Bulgária aderir conjuntamente ao [espaço] Schengen", frisou o Presidente romeno, Klaus Iohannis, numa conferência de imprensa conjunta com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
Klaus Iohannis salientou que "não é um problema da Bulgária ou da Áustria", assegurando que a questão migratória deve ser gerida por toda a UE.
No final de 2022, logo depois de a Comissão emitir a sua mais recente recomendação, de abrir o espaço Schengen a Croácia, Bulgária e Roménia, a Áustria, um dos países europeus destino e passagem dos migrantes que entram na Europa através da chamada rota dos Balcãs, anunciou a sua oposição, considerando "inoportuno" o alargamento de Schengen.
Dentro da UE, apenas Bulgária, Roménia, Irlanda e Chipre ainda não fazem parte desse grupo.
"Este problema tem de ser resolvido em breve para que os nossos cidadãos continuem a acreditar que a UE é uma zona de comércio livre, mas também de liberdade de circulação", apontou Iohannis.
Também Charles Michel defendeu esta segunda-feira que a Roménia reúne todas as condições para entrar no espaço Schengen, apelando a uma decisão rápida da UE.
"Devemos decidir sobre a adesão da Roménia a Schengen o mais rápido possível", vincou Michel na mesma conferência de imprensa, citado pela agência Agerpres.
Charles Michel acrescentou que está convencido de que a entrada da Roménia no espaço Schengen tornaria a UE um lugar mais seguro.
O espaço Schengen de livre circulação permite que cidadãos possam circular nessa área sem necessidade de passaporte e os controlos sejam abolidos, apesar de estarem previstas exceções temporárias.
Fazem parte desta área atualmente 26 países, representando 420 milhões de habitantes, dos quais 22 Estados-membros da UE -- incluindo Portugal -- a Islândia, o Liechtenstein, a Noruega e a Suíça.