Gelson Caio Manuel Mendes não resistiu a um cancro no pulmão.
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"Estado-maior do kuduro", "uma pessoa super fixe do bairro", "carismático, criativo e excêntrico, filho do povo e um dos símbolos da juventude". É assim que é descrito o músico angolano Gelson Caio Manuel Mendes, mais conhecido por "Nagrelha", que morreu na sexta-feira, aos 36 anos, vítima de cancro do pulmão. Os milhares de fãs do kudurista encheram as ruas de Luanda para o último adeus, naquele que já é considerado o maior funeral de sempre na capital angolana.
"Nagrelha", ou "Naná" como era carinhosamenre conhecido, seguiu depois uma carreira a solo e lançou o seu primeiro álbum em 2017. "O lançamento do meu disco a solo vai marcar os meus 15 anos de carreira artística como cantor, porque isso foi sempre um sonho meu", disse ao Jornal de Angola
"Os Lambas" voltariam a juntar-se quatro anos após a rutura. Na altura, Bruno King disse que sempre tinham sido amigos "só que o afastamento foi necessário."
"Nagrelha" compôs e cantou vários temas de sucesso como "Não me Tarraxa Assim", "Wamona", "Katronga Violenta", "Dizumba Grande", "Banzelo", "Toque do Nana", "Comboio" ou "Provou e Gostou".
O músico era visto como um ídolo inspirador de muitos jovens angolanos, que admiram a fama e o sucesso conquistado pela estrela do bairro Sambizanga, considerado um filho do "gueto".
Obama Lendário, do bairro Cacuaco, mostrou-se "muito sentido" com a morte do "Estado-maior do kuduro". À Lusa lamentou o facto de não ter conseguido chegar ao cemitério por causa da "confusão".
Chocarang, artista de música eletrónica, elogiou "Nagrelha" pela diferença que fez na música e pela maneira como se apresentava e cantava. "Isso fez com que se tornasse o líder do kuduro", disse à Lusa. Era "uma pessoa super fixe do bairro que lidava com todo o mundo", descreveu, elogiando a "simplicidade" do artista que se tornou famoso mas que não esqueceu as origens.
Lourenço Inácio, mais conhecido por Sete Cores, contou que foi por causa do "irmão Nagrelha" que se tornou também músico e referiu o incentivo que este deu a muitos jovens para deixarem a delinquência.
Angola ficou em choque com a morte de "Nagrelha", que chegou a realizar tratamentos em Lisboa, pouco antes de morrer, mas que regressou ao país por o seu estado de saúde apresentar melhorias.
Entre as reações à morte do músico, destaca-se ainda a da UNITA, principal partido da oposição angolana, que o descreveu como alguém "carismático, criativo e excêntrico, filho do povo e um dos símbolos da juventude".
"Falar da morte de 'Nagrelha' é falar de uma dor que trespassa os corações de milhares de angolanos jovens e adultos amantes do kuduro", referiu ainda o partido.
Nas redes sociais multiplicam-se as homenagens ao músico. "Quando és do povo é mesmo diferente. Obrigado Nagrelha"; "Realmente o Nagrelha é uma referência. Descanse em paz estado maior do kuduro" ou "Dimensão do Nagrelha é inquestionável, as vias da cidade a serem fechadas essa hora, escolta policial… não lembro de ver isso com o outro artista angolano", são algumas das mensagens escritas no Twitter.
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