Chefe do executivo espanhol foi questionado sobre a entrada em Ceuta, esta quinta-feira, de cerca de 200 imigrantes da África subsariana.
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O Presidente do Governo espanhol reconheceu esta sexta-feira que o país está a enfrentar uma "pressão migratória" superior ao esperado e garantiu o respeito pelos direitos humanos dos migrantes, um problema que disse exigir uma resposta europeia.
"O desafio que se coloca a Espanha neste momento é a gestão de um fluxo migratório que ultrapassou as expectativas que tínhamos no início de 2018 e que se anunciavam, porque ao longo destes últimos anos tem vindo a aumentar", declarou Pedro Sánchez, no final da segunda cimeira para as interligações energéticas, que decorreu esta sexta-feira à tarde em Lisboa.
O chefe do executivo espanhol foi questionado sobre a entrada em Ceuta, esta quinta-feira, de cerca de 200 imigrantes da África subsariana, depois de saltarem um obstáculo na zona fronteiriça que separa a cidade autónoma de Marrocos.
Sánchez começou por "colocar em perspetiva" este acontecimento, recordando que Ceuta foi palco de situações semelhantes no ano passado e o que ocorreu esta quinta-feira não teve "a mesma envergadura".
O primeiro-ministro espanhol elogiou a atuação das autoridades em Ceuta, que "estão a fazer um trabalho extraordinário em circunstâncias muito complexas".
O governante espanhol defendeu a necessidade de "ordenar os fluxos", ao mesmo tempo que garantiu o respeito pelos "direitos humanos das pessoas que chegam às costas [espanholas], de acordo com os parâmetros das Nações Unidas".
Sánchez sublinhou que há que "situar o desafio no âmbito que lhe corresponde, e que é o âmbito da União Europeia".
"Quando se pisa território espanhol, está a pisar-se território europeu", disse, realçando ser "fundamental construir uma posição comum no Conselho Europeu".
O Governo espanhol, acrescentou, "tem uma ampla experiência na gestão dos fluxos migratórios" e estão em aplicação acordos bilaterais com países de trânsito e de origem dos migrantes.
Espanha já tem em funcionamento centros de atendimento à migração, onde trabalham as forças de segurança e organizações não governamentais, referiu ainda.
Por seu lado, o Presidente francês, Emmanuel Macron, recordou que Paris e Madrid propuseram a criação de centros controlados e que a proposta franco-espanhola "procura mutualizar o encargo europeu", prestando apoio aos países de origem e garantindo assistência e cooperação aos países de trânsito "para os ajudar a controlarem melhor os fluxos".
O objetivo, sublinhou, é "chegar a uma estratégia europeia, que é indispensável neste contexto".
Na cimeira desta sexta-feira, Portugal, Espanha e França comprometeram-se a ter "rapidamente" uma interligação elétrica a ligar os três países, projeto que vai receber "o maior apoio financeiro europeu de sempre" dado a uma infraestrutura energética.
Além dos dirigentes de Espanha e França, participaram na cimeira o primeiro-ministro português, António Costa; o comissário europeu para a Ação Climática e Energia, Miguel Arias Cañete, e a vice-presidente do Banco Europeu do Investimento Emma Navarro.
Foi assinado esta sexta-feira o contrato de financiamento europeu, no valor de 578 milhões de euros, para a implementação do projeto de interligação elétrico do Golfo da Biscaia, ligando a Península Ibérica a França, com conclusão prevista em 2025.
Segundo a Comissão Europeia, trata-se do "maior investimento de sempre num projeto de infraestrutura energética no âmbito do Mecanismo Interligar a Europa".
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