Programa Nacional de Vacinação foi considerado incompleto.
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O Supremo Tribunal Federal brasileiro (STF) deu um prazo de 48 horas para que o governo do presidente Jair Bolsonaro informe uma data precisa para o início da vacinação contra a Covid-19 no Brasil. O ultimato foi dado pelo juiz Ricardo Lewandowski, relator do tema no STF, dois dias depois de o Ministério da Saúde ter entregado ao tribunal um Programa Nacional de Vacinação considerado incompleto.
O programa apresentado pelo ministro da Saúde, o general Eduardo Pazuello, indica apenas os grupos que o governo considera prioritários para a vacinação e refere que o governo espera imunizar 51 dos 212 milhões de brasileiros no primeiro semestre de 2021, mas não menciona qualquer data para o início dessa imunização. A ausência de uma data foi considerada uma demonstração de que o governo não tem qualquer plano realmente consistente para iniciar a imunização da população e que não indicar uma data provável para o início da vacinação pode ser uma manobra para prejudicar o governador de São Paulo, João Doria, adversário de Jair Bolsonaro, colocando em risco a vida de muitas pessoas com o atraso na vacinação.
Doria, que fez um acordo com a China e já começou a produzir no Instituto Butantan, na capital paulista, a vacina chinesa Coronavac, anunciou que iniciará a imunização da população do seu estado em 25 de janeiro, o que irritou profundamente Bolsonaro, que não quer dar esse trunfo ao seu mais provável adversário nas presidenciais de 2022. Em resposta, o Ministério da Saúde afirmou que não iria permitir medidas isoladas de gestores locais ou regionais e que só o governo Bolsonaro pode decidir sobre o assunto.
Outro dado que chamou a atenção no Programa Nacional de Vacinação foi a escolha pelo governo brasileiro da vacina que está a ser desenvolvida pela Universidade de Oxford em colaboração com a farmacêutica Astrazeneca, indicada ao STF como a que será usada no Brasil. A escolha, avaliada como uma forma de impedir o uso da Coronavac em São Paulo, causou muita estranheza, pois a vacina de Oxford está a enfrentar graves problemas na sua última fase de testes, não havendo previsão de quanto e se será aprovada internacionalmente.
Bolsonaro, um negacionista da própria pandemia e que não quer nem ouvir falar na Coronavac por ter sido desenvolvida na China, país que ataca repetidamente apesar de ser o principal parceiro comercial do Brasil, tem tentado minimizar igualmente a necessidade de imunização contra a Covid-19. E repete sempre que pode que as pessoas devem fazer a sua vida normal, pois, como já afirmou em inúmeras oportunidades, todos vão morrer um dia e o país não pode parar.
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