Os talibãs realizaram aquela que se acredita ser a primeira execução desde que assumiram o poder do Afeganistão, no ano passado.
Um porta-voz dos talibãs confessou que o homem morto se chamava Tajmir e a respetiva execução teve lugar num estádio desportivo lotado no sudoeste da província de Farah, depois de ter confessado que cometeu um assassinato. Foram vários os líderes do grupo - muitos deles são ministros do governo, entre os quais o ministro da Justiça, do Interior e dos Negócios Estrangeiros - que assistiram ao enforcamento, de acordo com informação divulgada pela
BBC News.
A execução ocorreu esta quarta-feira e reflete um regresso à interpretação extremista da lei Sharia - conjunto de leis islâmicas baseadas no Alcorão e que ditam as regras do comportamento dos muçulmanos - por parte do grupo extremista. O executado residia na província de Herat e terá esfaqueado um homem, chamado Mustafa, há cerca de cinco anos. Tajmir foi condenado por três tribunais talibãs e a sua sentença foi aprovada.
A execução ocorre semanas após os talibãs terem imposto integralmente no país a lei Sharia. O líder supremo dos talibãs, Haibatullah Akhundzada, exigiu que os tribunais do Afeganistão criassem punições severas, das quais fazem parte execuções públicas, apedrejamentos e amputações. Os crimes em que estas novas medidas são aplicadas foram definidas pelo grupo extremista, segundo a
BBC News.