O Vaticano garantiu ontem que o papa Francisco vai visitar o Egito no final do mês, como previsto, apesar do sangrento ataque contra duas igrejas coptas no Domingo de Ramos, que fez 44 mortos e levou o governo a decretar estado de emergência. No entanto, o programa de visita está sujeito a alterações e alguns detalhes vão ser mantidos em segredo por razões de segurança.
"Não há dúvida de que o Santo Padre mantém a sua intenção de ir ao Egito. O que aconteceu provoca grande confusão e sofrimento, mas não pode impedir o desenvolvimento da missão de paz do papa", assegurou ontem o vice-secretário de Estado do Vaticano, monsenhor Angelo Becciu.
O Vaticano admitiu, porém, que vai avaliar os riscos "até ao último minuto" e poderá alterar o programa de visita, que vai decorrer nos dias 28 e 29 deste mês. Francisco deverá encontrar-se no Cairo com o PR egípcio, Abdul al-Sissi, com o líder da mesquita de Al-Azhar, Ahmed al-Tayeb e com o papa copta Tawadros, mas agenda poderá ser alterada para que todos os encontros decorram no Palácio Presidencial de forma a evitar deslocações do Pontífice pela cidade.