O alemão Armin Meiwes, conhecido como o “Canibal de Rotenburg”, começou ontem a ser julgado na cidade de Kassel por ter assassinado e devorado um homem com o seu alegado consentimento, num caso de contornos macabros que chocou e horrorizou a Alemanha.
Na primeira sessão do julgamento, Meiwes confessou ter fantasias canibalescas desde a adolescência, alimentadas ao longo dos anos por inúmeros filmes de terror e contactos com outros “canibais” através da Internet. “Eu tinha esta fantasia, e acabei por satisfazê-la”, afirmou Meiwes perante o juiz, acrescentando que já em criança, entre os oito e os 12 anos, desejava comer os colegas da escola.
DESEJAVA UM IRMÃO
Meiwes disse também que se sentia ignorado pelos pais e desejava ardentemente ter um irmão mais novo, “bem parecido”, ao qual se ligaria para sempre através do consumo da sua carne.
As suas macabras fantasias acabaram por consumar-se em Março de 2001, quando assassinou e devorou um homem que conhecera meses antes através da Internet. A vítima, Bernd-Juergen Brandes, de 43 anos, respondeu a um anúncio colocado por Armin num ‘site’ frequentado por pessoas com interesse em canibalismo. No anúncio, Armin dizia procurar um “homem jovem e bem constituído” para ser morto e devorado.
‘FLAMEJADO’
Os dois homens, ambos homossexuais, encontraram-se em casa de Armin, na cidade de Rotenburg, e partilharam uma macabra refeição na qual o “prato” principal foi o pénis de Bernd-Juergen. Primeiro, experimentaram flamejá-lo com licor, mas como o gosto não foi do seu agrado, acabaram por fritá-lo. Seguidamente, Armin matou a sua vítima com um faca de cozinha, atingindo-a com vários golpes no pescoço.
O corpo de Bernd-Juergen foi de seguida esquartejado por Armin, que guardou os pedaços no congelador, para consumo posterior. Quando a Polícia deteve o assassino, em Dezembro do ano passado, mais de ano e meio após o crime, ainda havia carne humana no congelador de Armin.
O bárbaro ritual durou mais de duas horas e foi gravado em vídeo por Armin. Excertos da gravação deverão ser exibidos no julgamento.
Armin confessou o seu crime e, numa entrevista recente, mostrou-se arrependido dos seus actos, afirmando esperar que ninguém siga os seus passos. No entanto, e apesar da confissão, Armin não será julgado por canibalismo, uma vez que esse crime não está previsto na legislação alemã.
O “Hannibal Lecter alemão”, como também já é chamado, será julgado por homicídio com motivação sexual, muito embora a defesa já tenha avisado que irá tentar provar que não existiu crime, uma vez que a vítima agiu de forma consciente e desejava ser morta.
O 'HANNIBAL LECTER' ALEMÃO EM DISCURSO DIRECTO
"O meu amigo gostava da morte, gostou de morrer. Eu limitei-me a esperar, horrorizado, pelo fim depois de ter feito o que fiz. Levou imenso tempo" Armin Meiwes, em tribunal
"Beijei-o outra vez, rezei, pedi perdão para ele e para mim e fi-lo. Eu tinha esta fantasia, e acabei por satisfazê-la Idem, sobre a noite do crime
"Procura-se homem jovem e bem constituído, entre os 18 e os 30 anos, para matança" O anúncio colocado por Meiwes na Internet
"Magro e louro, era o que eu pretendia" Idem, sobre o tipo de vítima que procurava
"Aceito que sou culpado e estou arrependido das minhas acções. Aqueles que querem imitar-me deveriam ser tratados, para que não volte a acontecer" Idem, numa entrevista recente
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