Segundo as autoridades, muitos traficantes entram nas escolas durante os intervalos para vender estupefacientes aos alunos.
As autoridades moçambicanas alertaram esta quinta-feira que há traficantes a usar uniforme escolar para vender drogas em algumas instituições de ensino na província de Sofala, centro de Moçambique.
"A maneira como é feito o negócio de produção de fardamento escolar facilita que qualquer um que queira possa satisfazer os seus objetivos", disse à comunicação social António Semente, diretor provincial de Combate a Droga em Sofala.
De acordo com o responsável, muitos traficantes entram nas escolas durante o intervalo maior, "que dura entre 15 e 20 minutos, dependendo do regulamento da escola", vendendo assim os estupefacientes aos alunos recorrendo aos uniformes escolares para o efeito.
Para Semente, entre as soluções para o problema está a venda do bolso da camisa de uniforme dentro do recinto escolar, medida visando "dificultar o acesso" daqueles às escolas.
Atualmente, diversas escolas moçambicanas, principalmente de ensino secundário, ressentem-se do consumo de álcool e drogas pela camada juvenil, com imagens a circular nas redes sociais de adolescentes e jovens a consumir as drogas dentro das instituições de ensino.
As unidades sanitárias moçambicanas atenderam em 2024 um total de 23.409 pacientes pelo consumo de drogas, avançou em maio o Gabinete Central de Prevenção e Combate à Droga (GCPCD).
De acordo com o órgão, a capital moçambicana foi a que registou mais internamentos (11.355), seguida da província de Manica (6.451), e Sofala, (606), sendo o álcool e a canábis sativa as substâncias mais consumidas.
Em 2023, os jovens foram os que mais procuraram os serviços de atendimento de saúde mental, devido ao aumento do consumo de diversos tipos de drogas, com um aumento de 30% nas consultas externas de saúde mental, segundo dados do Governo.
O Governo de Moçambique garantiu na terça-feira que vai travar o fabrico de bebidas de alto teor alcoólico, que já se provou ser "nocivo para a sociedade", sobretudo para jovens, incluindo nas escolas, prometendo sancionar os infratores.
"O que deve se fazer é fechar essas fábricas que produzem este produto nocivo. Não significa isso paralisar eventualmente uma fábrica de bebidas, mas é a produção de uma determinada linha de produto que é consumido e que tem estado a provar-se nocivo para a sociedade, particularmente para os jovens", afirmou Inocêncio Impissa, porta-voz do Conselho de Ministros, respondendo a perguntas de jornalistas, após reunião daquele órgão, em Maputo.
A medida, acrescentou, visa acabar com o consumo destes produtos pelos jovens, sendo que, para já, o executivo equaciona avançar com a sua retirada sobretudo de estabelecimentos comerciais próximos das escolas, para "evitar que haja um contacto direto entre os jovens, as crianças, os adolescentes, com estas bebidas e outras substâncias nocivas".
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