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Trump oficializa saída dos EUA do Acordo de Paris

Obama acusa o presidente dos Estados Unidos de rejeitar o futuro.

01 de junho de 2017 às 19:55

O Presidente norte-americano, Donald Trump, confirmou hoje a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris relativo às alterações climáticas e que está preparado para negociar um novo tratado.

O Acordo de Paris "é um exemplo desvantajoso para os Estados Unidos", disse Donald Trump, que considerou o tratado como sendo pouco exigente para com a China e a Índia.

"Não vejo nada que se possa atravessar no nosso caminho" para relançar a economia norte-americana, disse Trump, que acrescentou estar pronto para negociar um novo acordo sobre o clima "em termos justos para os Estados Unidos".

A comunicação de Donald Trump, nos jardins da Casa Branca, em Washington, estava marcada para as 15:00 locais (20:00 em Lisboa), mas foi atrasada devido a um ataque a um hotel-casino em Manila, que provocou dezenas de feridos.

O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, informou na rede social Twitter que Trump estava "ciente da situação em Manila" e estava a ser "atualizado pela sua equipa de segurança nacional".

O antigo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, já reagiu a esta notícia e acusou Trump de rejeitar o futuro.

Saída dos EUA de Acordo de Paris é "uma decisão grave"

O ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, considerou hoje "uma decisão grave" a saída dos Estados Unidos do acordo climático de Paris, sublinhando que o aquecimento global "é uma questão que nenhum país pode resolver sozinho".

Em declarações à Lusa, o ministro disse que a decisão hoje anunciada pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, é negativa para os próprios Estados Unidos, porque "não existe espaço no mundo, mesmo numa economia de grande dimensão como a americana, para imaginar que essa mesma economia pode crescer baseada no carvão".

Sobre o impacto da desvinculação dos Estados Unidos do Acordo de Paris, o titular português da pasta do Ambiente afirmou: "Quero acreditar que, do ponto de vista da reversão efetiva da redução das emissões poluentes, não venha a ser tão negativa quanto isso".

Para o ministro, "um país e uma democracia como os Estados Unidos da América é muito mais do que a sua administração".

Saída dos EUA é "profundamente errada"

A saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, hoje anunciada em Washington por Donald Trump, é "profundamente errada", considerou o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.

A posição de Juncker foi expressa em língua inglesa na conta pessoal que mantém na rede social Twitter, poucos minutos após o Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciar o abandono do Acordo de Paris.

"O mundo pode contar com a Europa", segundo o presidente da Comissão Europeia.

Outra reação contra a decisão de Washington veio de Berlim, com a chanceler Angela Merkel "a lamentar" a decisão.

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