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UE retalia com contramedidas a tarifas dos EUA

A partir de 1 de abril vão ser taxados produtos como calças de ganga e bourbon.

13 de março de 2025 às 01:30

A União Europeia anunciou que vai responder com “contramedidas” às tarifas alfandegárias de 25% impostas pelos EUA sobre as importações de aço e alumínio que ontem entraram em vigor. O anúncio foi feito pela presidente da Comissão Europeia, que explicou que as medidas vão ser aplicadas em duas fases, “a partir de 1 de abril e plenamente em vigor a partir de 13 de abril”.

“Como os EUA estão a aplicar tarifas no valor de 26 mil milhões de euros, estamos a responder com medidas equivalentes no valor de 26 mil milhões de euros”, disse Von der Leyen. A líder do executivo comunitário garante que se mantém aberta a negociações. “Manter-nos-emos sempre abertos a negociações. Acreditamos firmemente que, num Mundo repleto de incertezas geopolíticas e económicas, não é do nosso interesse comum sobrecarregar as nossas economias com tarifas”, afirmou. “Lamentamos profundamente as tarifas impostas pelos EUA à Europa. Tarifas são impostos. São más para as empresas e ainda piores para os consumidores”, acrescentou.

As tarifas europeias vão inicialmente ser aplicadas, a partir de 1 de abril, a produtos produzidos nos EUA, como calças de ganga, barcos, motas da Harley-Davidson e bourbon, tal como aconteceu durante o primeiro mandato de Trump, tendo sido depois levantadas durante a presidência de Joe Biden. A partir de meados de abril, a UE vai alargar as taxas alfandegárias a outros produtos dos EUA no valor de 18 mil milhões de euros, nomeadamente do setor do aço e alumínio, e também no setor da agropecuária, incluindo carne de vaca, aves, marisco e frutos secos. Esta segunda vaga de tarifas vai ser sujeita ao voto dos Estados-membros do bloco europeu e avançará apenas depois de o setor industrial europeu ser consultado, no sentido de minimizar as dificuldades económicas que tal decisão poderá causar.

Costa apela ao diálogo com os EUA para travar guerra comercial

António Costa apelou ontem ao diálogo com os EUA para evitar uma escalada ainda maior na guerra comercial. “Temos de evitar uma escalada na situação. A melhor forma de resolver problemas é conversar e encontrar soluções. Queremos manter o diálogo e continuar a ser bons parceiros”, afirmou o presidente do Conselho Europeu após um encontro com o chanceler alemão cessante, Olaf Scholz. 

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