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Venezuela denuncia "venda forçada" da petrolífera Citgo por tribunal norte-americano

Citgo, controlada pela oposição venezuelana desde 2019 e em virtude das sanções dos EUA contra Caracas, acumulou quase 17,2 mil milhões de euros em dívidas.

03 de dezembro de 2025 às 07:58

A Venezuela criticou na terça-feira a autorização, por um tribunal norte-americano, da venda da petrolífera Citgo, subsidiária norte-americana da gigante petrolífera estatal venezuelana PDVSA, num processo de venda em leilão em benefício dos seus credores.

A Citgo, controlada pela oposição venezuelana (que nomeou a sua administração) desde 2019 e em virtude das sanções dos EUA contra Caracas, acumulou quase 20 mil milhões de dólares (17,2 mil milhões de euros) em dívidas.

O juiz Leonard Stark, do Delaware, autorizou a venda da petrolífera na semana passada a uma subsidiária da Elliott Investment Management, após a confirmação da proposta num leilão ordenado pelo tribunal.

Numa declaração lida na televisão, a vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, "rejeitou veementemente a decisão adotada no processo judicial de 'venda forçada' da Citgo".

O Gabinete de Controlo de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Departamento do Tesouro dos EUA tem ainda de aprovar a transação, noticiou a agência France-Presse (AFP).

Rodríguez acusou a oposição venezuelana, liderada por María Corina Machado, vencedora do Prémio Nobel da Paz de 2025, de ser a responsável pela venda.

O anúncio surge no mesmo dia em que o Presidente dos EUA convocou o seu Conselho de Segurança Nacional para discutir a Venezuela, depois de nas últimas semanas ter enviado navios de guerra e forças militares para o mar das Caraíbas, sustentando a decisão para executar ações de combate ao narcotráfico.

Desde o início da campanha de bombardeamentos contra embarcações no mar das Caraíbas e no oceano Pacífico, em setembro, realizaram-se "no total, 21 ataques contra barcos com drogas, o que resultou na morte de 82 narcoterroristas", confirmou na terça-feira a porta-voz do Pentágono, Kingsley Wilson, afirmando que "cada ataque contra essas organizações é realizado em defesa da segurança vital dos Estados Unidos".

Os Estados Unidos também indicaram na terça-feira ter um plano de contingência caso o Presidente da Venezuela fuja do país.

Caracas afirma que o objetivo de Washington é derrubar o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e assumir o controlo do petróleo do país.

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