Até 2023 empresa prevê a eliminação de postos de trabalho de unidades "não produtivas".
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O grupo Volkswagen anunciou esta quarta-feira que o plano de digitalização e otimização de processos da empresa prevê até 2023 a destruição de até 4.000 postos de trabalho em unidades "não produtivas".
Num comunicado, o maior fabricante de automóveis da Europa explicou que a adoção do referido plano também prevê a criação de pelo menos 2.000 novos "empregos digitais".
O plano é um passo no "roteiro de transformação digital", foi acordado pela direção e a representação dos trabalhadores e afeta a Volkswagen Passenger Cars, a Volkswagen Group Components e a Volkswagen Sachsen GmbH.
O grupo também anunciou o investimento até 4.000 milhões de euros nestes projetos de digitalização, "principalmente na área de administração, mas também na produção".
"Consequentemente, até 4.000 empregos em unidades não produtivas na Volkswagen AG Passenger Cars, Vokswagen Group Components e Volkswagen Sachsen GmbGH não serão cobertos nos próximos quatro anos. Um requisito prévio para isto é que sejam redundantes como resultado da digitalização, a otimização de processos e as melhorias organizativas", explicou a empresa.
Os postos concretos que desaparecerão serão acordados nos próximos três meses e a maior parte dos novos "empregos digitais" serão concentrados em Wolfsburgo, a central do grupo.
O responsável de operações da marca Volkswagen, Ralf Brandstätter, explicou que a empresa eliminará os postos de trabalhos abrangidos seguindo a "curva demográfica" e da "forma mais socialmente responsável possível".
Como justificação, a Volkswagen indica que os serviços baseados em apps, como o que permite várias pessoas dentro de um carro numa viagem (boleias), ou a partilha de uma viatura por diferentes pessoas em vários momentos (como a Uber), estão a ameaçar o modelo tradicional da indústria em que cada pessoa tem o seu automóvel.
A situação pode ser agravada quando o serviço de carros que se conduzem sozinhos se tornar mais generalizado. Além disso, os carros elétricos requerem menos partes e funcionários para serem criados.
A empresa também se comprometeu a não realizar despedimentos na Volkswagen AG e na Volkswagen Sachsen GmbH até 2029.
A este respeito, o presidente do Conselho Geral dos Trabalhadores, Bernd Osterloh, valorizou que não vá haver despedimentos obrigatórios em dez anos e o sinal enviado aos trabalhadores com este acordo de que "a digitalização traz mudança, mas os trabalhos na Volkswagen permanecem seguros".
A direção e os trabalhadores acordaram mesmo assim mais investimentos na denominada 'Indústria 4.0' e acréscimos de produtividade associados de 5% ao ano até 2023.
Por outro lado, o orçamento para a formação de trabalhadores incluirá um aumento de 60 milhões de euros, para 160 milhões, para preparar os trabalhadores para a "ofensiva digital" da Volkswagen.
MC // CSJ
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