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"Foi erro meu", desculpa-se Zuckerberg perante Congresso dos EUA

Presidente-executivo do Facebook garantiu que não vende dados dos utilizadores.

10 de abril de 2018 às 20:06

Nas primeiras explicações dadas esta terça-feira na comissão da Justiça do Senado,MarkZuckerberg admitiu a culpa referente ao roubo de dados dos utilizadoresdoFacebook. "Foi erro meu. Não tivemos a visão completa de nossa responsabilidade com o que aconteceu na época. Eu comeceioFacebook e essa é a minha responsabilidade",dizZuckerberg. 

"Não é suficiente dar uma voz às pessoas. Precisamos ter certeza que isso não está a ser usado para causar danos a outras pessoas", afirmou ainda o CEO.

Zuckerberg fez questão de sublinhar que está a decorrer "uma investigação a toda e qualquer aplicação que teve acesso aos dados de utilizadores do Facebook" e que a mesma será banida caso se prove a invasão de privacidade. Quando questionado quanto à possibilidade de atividades anteriores semelhantes à da Cambridge Analytica, Zuckerberg preferiu remeter-se ao silêncio. "Disseram [Cambridge Analytica] que tinham excluído os dados. Em retrospetiva, foi um erro acreditar neles", considerou o presidente do Facebook quando questionado pelo senador Bill Nelson sobre a compra de dados pela consultora, a partir do aplicativo This is Your Digital Life.

A senadora Dianne Feinstein abordou o tema das eleições que consagraram Donald Trump como presidente dos EUA, em 2016, e Zuckerberg admitiu estar "arrependido" de a sua empresa ter sido "lenta" na identificação da "interferência" russa."Não acredito ser possível criar uma empresa num quarto de faculdade e crescer a este ponto e não cometer erros", declarou. Já sobre a forma de obtenção de receitas, o presidente executivo da maior rede social do mundo defende que "sempre haverá uma versão gratuita do Facebook". A declaração de Zuckerberg já incendiou as redes sociais, com os cibernautas a admitirem que uma versão paga do Facebook pode estar para breve.

O CEO declarou ainda que não considera ser detentor de um monopólio e que nunca vendeu os dados dos utilizadores.

"Não vendemos dados para ninguém. O que permitimos para os criadores de aplicações é que estes possam também recolher dados de utilizadores", declarou.

Zuckerberg afirmou não ter conhecimento se o Facebook monitoriza a localização dos dispositivos, mesmo quando a aplicação está aberta. 

No decorrer da sessão, Zuckerberg foi questionado quanto às reais vítimas desta falha de sigilo. O CEO afirmou que não se considera uma vítima e que os utilizadores que tiveram os seus dados roubados são os verdadeiros lesados.

O presidente-executivo do Facebook testemunha perante 44 membros do senado.

A sessão teve inicio às 15h32 (hora local) e o senador Chuck Grassley (R-Iowa) fez questão de destacar a oportunidade única que Zuckerberg estava a ter. 

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