Falemos da transparência. Este executivo é tão translúcido quanto uma porta blindada. Desde a explosão fiscal aos cortes nos subsídios, o PM prometeu o oposto. As negociações com a troika vivem nas trevas, embora delas resultem medidas como a tentativa de aumentar em meia hora o horário de trabalho, a TSU, a alteração do subsídio de desemprego e o aumento do IMI. O Governo é tão cristalino que nas vésperas da Páscoa amputou as reformas antecipadas.
O método opaco é contagioso: as comemorações do 5 de Outubro aconteceram às escondidas e a votação do Orçamento foi antecipada para certos deputados escaparem à socapa. Agora, soube-se que decorrem negociações à sorrelfa com a troika para talhar a despesa e acabar de desfigurar o País. Pois é. Mas a representatividade tem limites. E este Governo é tão transparente que fez da democracia uma dama invisível.
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