"Diabolizar o jornalismo é a mais perigosa tentação totalitária"

O jornalismo livre e independente enfrenta múltiplos e complexos desafios. O reflexo trumpiano de atacar jornalistas afeta cada vez mais os políticos, sobretudo quando confrontados com notícias incómodas ou com perguntas demasiado pertinentes. A tentação totalitária, expressão inspirada num recente discurso do primeiro-ministro, tem na diabolização da comunicação social o seu sintoma mais grave no mundo ocidental. Sem escrutínio jornalístico não há democracia nem liberdade, e a economia definha, quer pela redução dos instrumentos de decisão esclarecida de cada cidadão, quer pelo puro e simples empobrecimento de uma indústria que emprega em Portugal milhares de pessoas. Jornalismo, democracia e economia saudável de mercado são três nomes diferentes para uma mesma realidade. Entre nós, as dificuldades na impressão e distribuição de jornais são um dos maiores desafios da imprensa, tal como a fuga das receitas publicitárias para multinacionais que não pagam impostos aqui, e que continuam a coberto da complacência dos poderes europeus. Aqui no Correio da Manhã, não nos vergamos, e estamos a trabalhar no novo ano, que passam pela promoção, durante 6 semanas, de que damos já nota na página 19, e por uma série de novidades editoriais que apresentaremos, como é hábito, dia 2 de janeiro. Ler jornais é saber mais. Conte connosco. Continuaremos o nosso jornalismo de excelência, sempre a pensar em si.