As entrevistas aos líderes dos partidos e os debates em direto marcam o compasso do duelo eleitoral. A quase generalizada falta de ações de rua, devido principalmente à pandemia, vira as atenções exclusivamente para o palco televisivo.
Os espetáculos em que se transformaram alguns desses debates vão, ao que tudo indica, determinar o sentido de voto de muitos e muitos portugueses.
Ainda teremos de ver quais as implicações desta novidade política absoluta. Até porque, entre o último debate e a data das eleições, mediarão ainda duas semanas, sendo certo que nada garante que a intenção de voto registada agora seja concretizada nas urnas.
De alguma forma esta é a campanha eleitoral mais dependente da televisão a que a democracia portuguesa já assistiu. Nada de estranhar num País em que o Presidente da República é um antigo comentador televisivo.