Ainda falta o programa de Governo, mas os principais fatores de tensão dos próximos tempos já estão no tabuleiro de xadrez. Falo do aviso de Marcelo e da urgência de reorganização da direita. Em primeiro lugar, o aviso deixado pelo Presidente ao primeiro-ministro: Marcelo diz que Costa está refém do povo, que votou de forma personalizada.
Ou seja, se Costa sair, cai a maioria e o Parlamento é dissolvido. Tema só aparentemente colocado na agenda pelo chefe de Estado, porque foi o primeiro-ministro quem, ao posicionar no Governo todos os seus potenciais sucessores, fez questão de sublinhar que esse é um tema.
Depois, a reorganização da direita. O PS continua a puxar pelo Chega, e o Chega continua a unir a esquerda, como se viu no Parlamento.
Enquanto o PSD não tiver novo líder, tudo isto não passa de meros jogos florais da política. Aguardemos.