A organização do Campeonato do Mundo de futebol foi entregue ao Qatar a 2 de dezembro de 2010. Desde esse dia já houve um processo interno na FIFA, investigações judiciais em pelo menos 3 países e um julgamento na Suíça de matérias relacionadas. Diversos trabalhos jornalísticos desmontaram a provável compra dos votos europeus num célebre almoço entre Platini, o Presidente francês e responsáveis do Qatar. O ‘Qatargate’ não é, por isso, surpresa para ninguém.
É estranho que em 12 anos ninguém se tenha atravessado para obrigar a mudar o torneio, e só agora haja quem rasgue as vestes contra a imoralidade desta escolha. Sejamos claros: 12 anos de silêncio envergonham tanto quando a votação que escolheu o Qatar, em detrimento dos Estados Unidos, derrotados precisamente pelos 4 votos transviados por Platini. Uma simples ameaça de boicote europeu, por exemplo, não teria bastado para resolver o problema?
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