"Pedimos cautela, mais do que correção". A análise da Comissão Europeia ao orçamento do Estado português é ainda bastante simpática. Pede-se cautela, ainda não correção de rota. Mas deixa já a nu o efeito devastador que pode vir a ter aquilo a que em tempos se chamou "o monstro da dívida", e que continua a sufocar as finanças públicas, mesmo que a inflação dê uma ajuda, que dá.
Isto, mais o agravamento do custo de vida, que será muito maior do que o governo previa, segundo agora prevê a OCDE, são os dois principais inimigos no horizonte, e que vão transformar profundamente os hábitos de consumo dos portugueses, no Natal, no Ano Novo, e depois daí para a frente. "O ano de 2023 vai ser difícil. Ninguém sabe quão difícil", sintetizou logo o Presidente da República, ainda antes de partir para o Qatar. Valha-nos a seleção. Ronaldo conseguiu derrotar o Manchester com uma simples entrevista. O Mundial promete.
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