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Carlos Rodrigues

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Andamos num círculo vicioso em que os problemas se repetem sem solução.

Carlos Rodrigues(carlosrodrigues@cmjornal.pt) 6 de Setembro de 2023 às 00:32
O ano político que agora começa pode trazer muitos temas novos e outros tantos desafios interessantes, mas para quem teve o privilégio de gozar férias e voltou agora à vida normal o que salta à vista é que atravessamos uma fase difícil, em que os problemas tendem a eternizar-se e há uma enorme falta de ideias e de soluções.

Olhemos em volta e façamos a radiografia do que temos pela frente. Escolas provavelmente fechadas em mais um ano letivo perdido, tribunais intermitentes com funcionários em greve, mortes desumanas à porta de hospitais sem médicos, inflação outra vez a apertar, falta de casas, jovens desempregados, licenciados desesperadamente à procura de um sítio para emigrar. Onde é que já vimos tudo isto? Exatamente. Aqui mesmo, na nossa vida, nos últimos meses antes do verão. E agora, no regresso das férias, está tudo na mesma. Dá ideia que andamos às voltas, numa autêntica roda-gigante que nos deixa sempre no mesmo sítio e com os mesmos problemas.

Portugal vive um círculo vicioso em que as crises se repetem sem que sejamos capazes de gerar soluções novas, que tenham um mínimo de hipóteses de funcionar. Olhamos em frente e não se vislumbra forma de darmos a volta a tantos setores em turbulência. No horizonte já se veem as nuvens negras da resignação. O desencanto é um cancro maldito que corrói as sociedades repetidamente encalhadas nos mesmos fracassos.



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