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Carlos Rodrigues

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A relação entre Marcelo e Costa está a atravessar uma crise.

Carlos Rodrigues(carlosrodrigues@cmjornal.pt) 8 de Setembro de 2023 às 00:32
O problema entre Belém e S. Bento tem explicação simples. A relação entre Marcelo e Costa está claramente a atravessar uma crise. Cada um à sua maneira está cordialmente saturado do outro. Nada mais natural, ao fim de quase 8 anos de relacionamento, que começou como coabitação perfeita, mas que a maioria absoluta transformou num arrastado contratempo. O cruzamento das circunstâncias políticas com as personalidades dos dois lançou-os num interminável mas cortês duelo. No episódio do Conselho de Estado em duas partes, que começou em julho e terminou há dias, o primeiro-ministro tem um ponto certeiro quando afirma que a luta política é com a oposição, não com o Presidente. O palco das dialéticas é o Parlamento, não o Conselho de Estado. Mas Costa lança um ramo de oliveira, ao dizer que é um institucionalista. Ou seja, ficou em silêncio, não devido a um qualquer estado de alma, antes para respeitar a natureza consultiva do órgão. Uma declaração polida para apaziguar Belém, que Marcelo logo aceitou, e bem. Esta fase está manifestamente a cansá-los aos dois. Nenhum deles deve esquecer que os portugueses estão mais preocupados com o horizonte de tormentas e gostam de uma boa relação entre Governo e Presidente. Um conflito institucional desvaloriza os dois. Estão ambos condenados a ajudar o outro a acabar os respetivos mandatos com qualidade.



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