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Opinião
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Carlos Rodrigues

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As coisas têm de começar a ir ao sítio, ou então será tarde demais.

Carlos Rodrigues(carlosrodrigues@cmjornal.pt) 14 de Setembro de 2023 às 00:32
O espírito do tempo é de cobrança. Cobrança política. A sucessão de crises e falhas graves nos sistemas do Estado satura a paciência de uma camada crescente da população. Ainda não há um divórcio claro com o Governo, muito menos com António Costa. Esse dado nota-se claramente nas sondagens. Mas o descontentamento cresce e alarga muito a sua base popular. Chega hoje a fatias insuspeitas, inclusivamente nas grandes cidades. Provavelmente, é o resultado da sucessão de problemas graves. Não daqueles que não contam para nada. Antes as ruturas na saúde, o desastre repetido que se anuncia por trás de nova revolução sem sentido, ou pelo menos que ninguém entende. Ou a condenação repetida de uma geração inteira de alunos a mais um ano com aulas aos soluços. Ou as casas, as rendas a disparar, a inflação, os julgamentos adiados que libertam presos perigosos. Resultado? Subitamente, o ciclo político vai acelerar. Há eleições na Madeira, o Orçamento do Estado, logo começam os balanços de mais um ano perdido, 2024 com nova bateria de aumentos de preços, e depois congressos, escolhas de candidatos, eleições europeias. A margem de tolerância dos portugueses reduziu-se. Isso anda por aí, no ar. É como se houvesse uma noção clara de que está a chegar a hora da verdade. Em que as coisas têm de começar a ir ao sítio, ou então será tarde demais.
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